domingo, 26 de agosto de 2001

TRAVESSIA PAU DA FOME X RIO DA PRATA - VIA CASA AMARELA E PICO DA PEDRA BRANCA





Em agosto de 2001, eu, meu filho Thiago e alguns amigos dele e meu, resolvemos realizar esta linda travessia de aproximadamente 14 Km que corta de leste para oeste todo Parque Estadual da Pedra Branca, situado na Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro. Nos encontramos na entrada sub-sede do parque de Pau da Fome em Jacarepaguá. Ao entrarmos no parque pegamos uma pequena estradinha até a Represa Rio Grande, onde começa efetivamente a trilha e de cara uma forte subida até a primeira bifurcação, onde dobramos a direita, depois caminhamos por aproximadamente 15 minutos até chegar ao Rio Grande, cruzando seu leito até a outra margem pulando sobre as pedras. Continuando na trilha logo chegamos a outra bifurcação, desta vez dobramos a esquerda e seguimos através de uma encosta uma subida em ziguezague, trecho este conhecido como Caminho de Santa Bárbara. Neste trecho é possível conhecer uma pequena cachoeira formada pela queda das águas do Rio Pedra Branca. Continuando pela trilha principal cruzamos mais dois riachos e com
aproximadamente uma hora através de um longo aclive encontrarmos a Casa Amarela, localizada a quase 650 metros de altitude, situada em um vale entre o Pico da Pedra Branca (1024 metros) e o Morro de Santa Bárbara(875 m). Normalmente o percurso de 4,5 Km entre a entrada do parque até a casa Amarela é realizado em torno de 2 horas. A parada neste ponto serviu para descansar, lanchar e tirar muitas fotos. A partir deste ponto, dependendo da época do ano, o cansaço da caminhada é recompensado por uma trilha repleta por milhares de flores, este trecho é um antigo caminho colonial, onde andamos sobre pedras colocadas cuidadosamente na trilha, até uma porteira. Após alguns minutos depois da porteira chegamos a outra bifurcação, a mais alta e mais importante de toda travessia, pois há num tronco de árvore duas setas, o caminho a esquerda que desce e o da direita que sobe em direção ao Pico da Pedra Branca. Optamos por fazer um bate e volta até o pico seguindo a trilha a direita. Apesar de ser o ponto mais alto do Rio, o Pico da Pedra Branca não é famoso por sua vista, pois é cercado por uma densa vegetação e não oferece panorama algum de seu cume. No retorno passamos novamente pela principal bifurcação e seguimos para o Rio da Prata sempre descendo, esse trecho é conhecido como “Caminho da Mangalarga”, que além de seguir para Campo Grande possui outras 2 derivações, como o caminho do Cafundá que segue para Vargem Grande. O caminho da Mangalarga é bem demarcado e segue sobre a sombra de frondosas árvores de nossa Mata Atlântica, passando por mais uma bifurcação e um riacho e mais adiante por uma ruína, e a partir desta pegamos um declive bem acentuado até a chegada a um local onde a vegetação fica menos densa e a trilha um pouco mais erudida, de onde é possível visualizar o Bairro de Campo Grande e da Serra do Mendanha. Prosseguimos pela trilha, passando por mais algumas casas, porteiras
e bifurcações e após alguns sobe e desce pegamos uma parte desse final de trilha totalmente florido por “marias sem vergonha”, um verdadeiro show à parte. Ao chegarmos próximo a um casebre de pau-a-pique encontramos um belo mirante, de onde podemos apreciar de um lado uma bela visão da vertente virada para o bairro de Vargem Grande e do outro lado um visual de Campo Grande. Depois de algum tempo na trilha chegamos a Estrada dos Caboclos, parte final da trilha e mais alguns minutos ao portão do parque,em Rio da Prata. Ainda caminhamos um pouco fora do parque, pelo caminho do Morro dos Caboclos e depois até a Estrada do Cabuçu, final de nossa aventura.
Apesar de ser o ponto mais alto do Rio, o Pico da Pedra Branca não é famoso por sua vista, cercado por uma densa vegetação. Observamos maiores atrativos ao longo da trilha, apreciando a própria vegetação, os rios cristalinos e sítios históricos, além da companhia da fauna da Mata Atlântica.

Dicas
1) Como chegar: Subsede do Parque Estadual da Pedra Branca – Núcleo Pau da Fome. No largo da Taquara, entrar na Estr. do Rio Grande e seguir até o Largo da Capela, depois entrar na Estr. Pau da Fome e seguir em frente por uns dez minutos até a entrada da sede, que fica no nº 4003.
2) O que fazer: Trilhas. A trilha é pouco sinalizada e tem várias bifurcações, a orientação exige atenção. É uma longa caminhada, com trechos de grande aclive, que pode ter duração entre 4:30 e 6:00 horas. para percorrer os 14 Km. Dando uma esticada até o Pico, adicione mais uns 3 Km e mais 2 horas. Você precisará de preparo físico e experiência em orientação. O caminho para o Pico da Pedra Branca começa na sede do Parque, no fim da Estrada do Pau da Fome, em Jacarepaguá. Esta trilha passa pela Casa Amarela, sobe até entrar na Travessia Erval Muniz e dirige-se ao cume. São pouco mais de 8km, através de córregos e construções do começo do século.
3) O que saber: O Pico da Pedra Branca é o ponto mais alto da cidade, com 1024 metros de altura. Curiosamente, em seu cume, há uma pedra de 3 metros de altura, exatamente a margem que garante a vantagem sobre o segundo colocado: o Pico da Tijuca. No alto dessa pedra, há um marco de cimento indicando o ponto mais alto da Cidade do Rio de Janeiro.
O ponto mais alto da cidade fica em uma das maiores áreas de preservação ambiental em perímetro urbano do mundo, o Parque Estadual da Pedra Branca, com 12.500 hectares. O Maciço da Pedra Branca começa na Praia dos Búzios, em Barra de Guaratiba, e vai até Sulacap, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, atravessando florestas em Vargem Grande, Camorim, Jacarepaguá, e áreas agrícolas do Rio da Prata, em Campo Grande. O parque possui 12 mananciais, que ajudam a abastecer vários pontos da cidade.  























domingo, 19 de agosto de 2001

PEDRA BRANCA DE NEVE - TERESÓPOLIS/RJ



Em agosto de 2001 eu e minha filha Juliana, partimos em direção a Teresópolis, considerada uma das regiões montanhosas mais deslumbrantes do Brasil.Onde encontramos outros amigos para conquistar a Pedra Branca de Neve, com altitude de 2.040m. É a montanha mais alta do conjunto das Pedras dos Frades, a sudeste do
alinhamento formado pelo Morro dos Cabritos e Pedra das Antas. Fica ao fundo do vale do Rio das Antas. Esse conjunto pertence a unidade de conservação ambiental localizado no Parque Estadual dos Três Picos. O acesso fica próximo ao quilômetro 20 da Estrada Teresópolis-Friburgo. Dali em diante, estradas de terra batida cortam propriedades rurais, verdes vales, rios e montanhas. Até a Cachoeira dos Frades, um dos cartões postais do município, são aproximadamente cinco quilômetros, com bastante sinalização indicando o caminho. No verão, é grande o número de teresopolitanos e turistas que procuram as quedas de águas geladas para se refrescar. O final da estrada principal se dá numa grande propriedade, que em 1990 virou Área de Proteção Ambiental, segundo a Lei Estadual 1755. Da RJ-130, são 11 quilômetros .Mas todo esforço é recompensado quando se fica de frente para os Três Picos e Capacete, vislumbrando ainda a Caixa de Fósforos e a Cabeça de Dragão. Do outro lado, montanhas como Anta Menor e Maior, Branca de Neve e Morro dos Cabritos. A região dos Três Picos e Vale dos Frades, considerada a “Meca” da escalada de grandes vias, também reserva aos excursionistas algumas belas caminhadas. Existem além destas já bastante freqüentadas a longa Travessia dos Frades. Algumas de menor freqüência já tem trilhas consolidadas, como o Ronca Pedra, Torres de Bonsucesso e Seio da Mulher de Pedra. Outros cumes como a Branca de Neve, Morro dos Cabritos, Pedra D’Antas, Pico Maior do


Vale dos Frades, Torres de Vieira, Rosto da Mulher de Pedra, além de muitos outros. Iniciamos a subida para esta pedra, de menor freqüência, onde por este motivo, não existe trilhas consolidadas, conservando ainda o caráter puramente aventureiro nas suas ascensões, sabíamos que a trilha era confusa, vencemos o primeiro trecho íngreme com a trilha pouco definida e seguimos em frente, descendo um pouquinho e encarando logo uma nova forte subida, com alguns trechos íngremes. Logo chegamos num espaçoso platô. Encaramos a subida final, que apesar de longa é menos complicada que os trechos mais abaixo. Chegamos no cume revelando as belas paisagens do Vale dos Frades e Três Picos à leste e Serra dos Órgãos à oeste. Levamos quase 3 horas para atingir nosso objetivo, ou seja, o cume do Branca de Neve. Tiramos muitas fotos e o destaque ficou por conta da fantástica vista da Caixa de Fósforos, num daqueles ângulos onde parece impossível a pedra ficar equilibrada. Depois de curtir bastante o visual de um dia perfeito, iniciamos o retorno de uma caminhada no Vale dos Frades, considerada como semi-pesada com duração aproximada de 2 horas para descida.
Quando você visitar o Vale dos Frades,não deixe de conhecer a belíssima cachoeira dos Frades. O local é ideal para caminhadas e escaladas fantásticas, principalmente no imponente Morro dos Cabritos. Este vale faz divisa ainda com a região de Salinas, onde há alguns anos foi gravado o Memorial de Maria Moura, da Rede Globo.