sábado, 28 de setembro de 2013

PEDRA DO CONDE 2 - RJ



 Como treinamento para o nosso maior sonho, a subida até o Campo Base do Monte Everest no Nepal mês que vem, realizamos esta trilha até a Pedra do Conde. Eu pela segunda vez, pois anteriormente estive lá em 2001 com meu filho Thiago e minha filha Juju. Esta pedra com 821 metros de altitude, localizada no Parque Nacional da Tijuca possui esse nome em homenagem ao Conde Gestas que era proprietário de uma fazenda no local, também é conhecida como Pedra Redonda por causa de seu formato. Estacionamos o carro na Praça, e Eu e o Herbert iniciamos a trilhao passeio cruzando uma pequena ponte até chegar ao playground, passando depois por um conjunto de mesas de pedra, até chegar realmente ao início da trilha, não entre na trilha a esquerda da churrasqueira que segue beirando o rio. Seguimos a mesma trilha que é utilizada para o Alto da Bandeira e Morro do Anhanguera. A trilha no início apresenta uma grande subida em ziguezague após algum tempo de caminhada chega-se a primeira  bifurcação, seguimos a trilha à esquerda, a direita é o caminho para o Alto da Bandeira. Continuamos até a próxima bifurcação, onde seguimos em frente, neste trecho da caminhada a trilha fica plana e as primeiras montanhas como o Pico da Tijuca, Cocanha, Papagaio e outras já podem ser observadas. Encontramos nova subida pela frente e outra bifurcação, onde também entramos à esquerda e mais adiante nova bifurcação, agora seguimos à direita e mais uma subida em ziguezague.
A trilha para o cume da Pedra do Conde em seu trecho final apresenta um aclive acentuado, sendo que em certos trechos fizemos uma escalaminhada, onde foi necessário a utilização das mãos segurando tanto na vegetação, quanto nas pedras para nos dar segurança. Na próxima derivação seguimos à direita e chegamos direto no cume, de onde obtivemos uma magnífica visão de toda Zona Norte do Rio de Janeiro. O topo desta pedra possui muita vegetação e apresenta três mirantes de onde apreciamos belos visuais. O 1º mirante fica antes de chegar ao cume, e dele podemos apreciar grande parte do bairro da Tijuca e do Morro do Sumaré com suas torres e antenas, prestando bastante atenção é possível ver o Cristo Redentor entre elas. Do segundo mirante temos uma magnífica visão da Pedra da Gávea e de boa parte da Barra da Tijuca e do terceiro observamos o Centro da Cidade, o Pico da Tijuca, Tijuca-Mirim e Andaraí Maior, além da Baia da Guanabara com a Ponte Rio-Niterói e se o dia estiver limpo, da para ver ao fundo a linda Cordilheira da Serra dos Órgãos, destacando o Dedo de Deus.
Pode retornar da Pedra do Conde pela trilha que vai para o Morro do Anhanguera, para isto na descida quando atingir a trilha principal, seguir a direita e depois descer em direção a Estrada Excelsior. Quando chegar na estrada tem a opção de dar uma esticada até o mirante do Excelsior, para isto siga à direita. Caso não queira dobre à esquerda e siga pela estrada até o Barracão.
É uma bela caminhada de aproximadamente 2 km, com belíssimos visuais, classificada como leve superior.





















sábado, 21 de setembro de 2013

TRAVESSIA ALTO DA BOA VISTA X GRAJAÚ - RJ


Iniciamos esta linda travessia de aproximadamente 12 km de extensão, considerada como semi-pesada,  que corta o Parque Nacional da Tijuca de sul a norte, na Praça Afonso Viseu no Alto da Boa Vista, passando pelo portão principal logo chegamos a Cascatinha Taunay, a cachoeira mais bonita do parque. Continuamos a subida pela Estrada do Imperador até o Centro de visitantes e neste ponto optamos ir pela trilha da Caveira e não pela Estrada Excelsior até alcançarmos o Largo da Caveira depois de quase 2km, onde encontramos novamente a Estrada Excelsior. Seguimos uma placa que indicava a trilha para a Serrilha da Caveira, onde logo no início encontramos as ruínas de um antigo posto florestal, continuando por quase 1 km de subida protegidos do astro-rei por uma vegetação abundante de mata Atlântica chegamos ao ponto culminante dessa travessia, o Alto da Serrilha, com 788 metros. Neste local existe um tronco de árvore que serve de banco para descansar e lanchar, e foi o que realizamos. Ali também é o lugar da trilha da Caveira onde optamos para onde queremos ir, a esquerda segue para o Tijuca-Mirim, a direita para o pico do Andaraí Maior e a frente para o Morro do Elefante nosso destino. Após um merecido descanso pegamos um grande aclive em direção ao Morro do Elefante em uma trilha sem indicação e marcação, por ser um caminho pouco utilizado dentro do parque. Passamos também perto de uma das áreas mais preservadas do parque, o Vale do Elefante, onde fica o local mais impenetrável do parque, conhecido como Floresta dos espinhos devido a enorme quantidade e variedade de plantas espinhentas que nasceram juntas neste local. Caminhamos certo trecho sob um grande bambuzal, com cuidado para não se machucar, porque algumas espécies possuem grandes espinhos e depois a trilha segue envolta de grandes arvores e mais adiante novamente bambus até a última bifurcação, onde a esquerda nos leva ao Alto dos Ciganos e a direita ao Morro do Elefante. Ainda descendo em direção ao Morro do Elefante deparamos com um desvio na trilha, não siga a da esquerda que segue subindo a encosta do morro que é muito fechada. Pegamos a da direita e subindo um pouco ainda sob grandes arvores, percebemos que a medida que subimos a vegetação também vai diminuindo de porte até a chegada do cume do Morro do Elefante com seus 723 metros de altitude, onde existe um mirante de onde obtemos uma vista deslumbrante e exclusiva de toda Zona Norte do Rio e do Maciço da Pedra Branca, onde paramos para um breve descanso e fotografias. Seguimos descendo a trilha não muito visualizada existente no lado direito em direção ao Bairro do Grajaú através de uma vegetação de pequeno porte até chegarmos a uma área totalmente descampada, provavelmente provocada por queimadas. Caminhamos pelo “dorso do Elefante ou crista do Morro do Elefante” podemos observar do lado direito o inusitado Morro do Andaraí Maior em primeiro plano mostrando todo seu belo perfil e também um pouco mais atrás o Tijuca-Mirim e o Imponente Pico da Tijuca. Do outro lado toda Zona Norte com destaque para o Estádio do Engenhão e na linha do horizonte visualizamos toda silhueta da cordilheira da Serra Dos Órgãos, com destaque para o Dedos de Deus. Descendo um pouco mais chegamos a outro mirante direcionado para o Grajaú, que na opinião de todos participantes é de onde se obtêm a melhor visão de toda travessia, pois além de poder ver tudo que foi visto ainda temos o privilégio de ver paisagens deslumbrantes como todo Bairro do Grajaú, tendo como pano de fundo a incrível pirâmide de granito do Pico Perdido do Andaraí, com seus 442 metros de altitude, além de toda zona Central da Cidade, com o Maracanã e Baia da Guanabara com a Ponte Rio-Niterói. Continuamos a descida agora ao lado de uma cerca de arame farpado na encosta do Morro do Elefante, um declive muito acentuado sobre um terreno muito erodido e escorregadio, onde todo cuidado é pouco. Achamos a parte mais chata de toda travessia. Seguimos passando por algumas grandes torres de transmissão e depois paramos no local onde a trilha se divide entre a subida para o Perdido do Andaraí, via Parque Estadual do Grajaú, onde existe um portão tipo mata-burro na cerca de arame farpado que divide a área que está sendo reflorestada do parque. Optamos por não subir o pico e seguimos em frente, uma trilha bem protegida por vegetação de Mata Atlântica que segue margeando o Rio Perdido, que forma algumas cachoeiras durante esse percurso, bastante freqüentadas pelo pessoal da vizinhança, onde em uma delas conhecida como Mãe-d’água, a galera se refrescou num delicioso banho gelado para repor as energias. De novo na trilha passamos por algumas formações rochosas bem interessantes, por gigantescas raízes de árvores e pelas ruínas da antiga fazenda cafeeira de nome Vila Rica do século XIX até chegarmos ao portão de sua entrada situado no final da rua Marianópolis, onde terminamos a travessia com mais de 05:00h de caminhada.
Infelizmente o final da trilha não está em bom estado de conservação e não existe nenhuma sinalização, tendo em vista que o local é freqüentemente utilizado para despejo de lixos domésticos e depósito de oferendas religiosas, ocasionando uma contínua depredação do local e ameaçando também as ruínas da antiga fazenda.

Dicas
Como chegar: Como se trata de uma travessia o ideal é ir de ônibus para o a Praça Afonso Viseu no Alto da Boa Vista. As melhores opções são linhas 301 e 302 que respectivamente saem do Rodoviária Novo Rio para a Barra da Tijuca e vice-versa.

Como voltar: Descer toda rua Marianópolis e depois a rua Borda do Mato até a Barão do Bom Retiro para quem quiser ir no sentido de Jacarepaguá ou Meier ou pegar a Rua Uberaba e caminhar até a Pracinha do Grajaú para pegar condução no sentido da Tijuca, Centro e Zona Sul.