sábado, 17 de maio de 2014

PEDRA DO CONDE (3)


Há muito tempo o amigo Judicael, que trabalha comigo no IBGE, vinha me pedindo para realizarmos a trilha até a Pedra do Conde com 817 metros de altitude. Esta pedra localizada no Parque Nacional da Tijuca possui esse nome em homenagem ao Conde Gestas que era proprietário de uma fazenda no local, também é conhecida como Pedra Redonda por causa de seu formato.
Reunimos a galera na Praça Afonso Viseu, bem em frente a entrada do Parque Nacional da Tijuca no Rio de janeiro. Eu, Daniel, Anderson Jalapão, Therence, Hellen, Zé Antonio (o Barão do Acre), Liane, Cassio, Judicael, Jander e sua filha Gabriela. Logo depois já dentro do parque, deixamos os carros no estacionamento bem próximo ao início da trilha. Cuidado, não entre na trilha a esquerda da churrasqueira que segue beirando o rio. Seguimos a mesma trilha que é utilizada para o Alto da Bandeira e Morro do Anhanguera. A trilha no início apresenta uma grande subida em ziguezague e após algum tempo de caminhada chega-se a primeira bifurcação, seguimos a trilha à esquerda, a direita é o caminho para o Alto da Bandeira. Continuamos até a próxima bifurcação, onde seguimos em frente, neste trecho da caminhada a trilha fica plana e as primeiras montanhas como o Pico da Tijuca, Cocanha, Papagaio e outras já podem ser observadas. Encontramos nova subida pela frente e outra bifurcação, onde também entramos à esquerda e mais adiante nova bifurcação, agora seguimos à direita e mais uma subida em ziguezague. A trilha para o cume da Pedra do Conde em seu trecho final apresenta um aclive acentuado, sendo que em certos trechos realizamos uma pequena escalaminhada, onde foi necessário a utilização das mãos segurando tanto a vegetação, quanto as pedras para nos dar segurança, ou até mesmo a ajuda dos companheiros. Na próxima derivação seguimos à direita e chegamos direto no cume,
de onde obtivemos uma magnífica visão de toda Zona Norte do Rio de Janeiro, apesar do astro-rei se enconder entre as nuvens. O topo desta pedra possui muita vegetação e apresenta três mirantes de onde apreciamos belos visuais. O 1º mirante fica antes de chegar ao cume, e dele podemos apreciar grande parte do bairro da Tijuca e do Morro do Sumaré com suas torres e antenas. Prestando bastante atenção é possível ver o Cristo Redentor entre elas. Do segundo mirante temos uma magnífica visão da Pedra da Gávea e de boa parte da Barra da Tijuca e do terceiro observamos o Centro da Cidade, o Pico da Tijuca, Tijuca-Mirim e Andaraí Maior, além da Baia da Guanabara com a Ponte Rio-Niterói e se o dia estiver limpo, da para ver ao fundo a linda Cordilheira da Serra dos Órgãos, destacando entre elas o Dedo de Deus. Retornamos e não voltamos pela mesma trilha, pois na primeira bifurcação, seguimos em direção a trilha que nos leva ao Morro do Anhanguera e depois pegamos uma descida para a Estrada do Excelsior. Cabe ressaltar, que neste trecho da trilha, num momento de distração, me vi enroscado em uma grande teia de aranha, onde quase fui surpreendido por um enorme aracnídeo, dona do pedaço. Gozação geral da trupe, tais como, o Valdir tem medo de aranha e outras mais. Me defendendo falei que as aranhas me perseguem, porém relembrei o que disse no início da trilha, que hoje só o cume interessava, risos de todos, hehehehehehehe. Quando atingimos a Estrada do Excelsior, tínhamos a opção de irmos até o Mirante do Excelsior, para isto era só seguir a direita, mas optamos por retornar, seguindo a esquerda em direção ao Centro de Visitantes. Durante todo percurso de volta a trilha nos presenteava  com límpidos riachos e belos exemplares da vegetação local.
Cabe registrar também nesta caminhada o desempenho do professor Judicael, tanto na parte física, quanto nos conhecimentos científicos, sempre esclarecendo as dúvidas da galera sobre a fauna e flora local. Grande Mestre, esse é o cara.
No centro de Visitação observamos uma maquete de toda cadeia das montanhas do parque e nos divertimos muito com o horóscopo dos animais ou horóscopo xamânico, uma  exposição simples e interessante localizada na parte externa, bem em frente a entrada do Centro de Visitantes do Parque Nacional da Tijuca, é uma exposição gratuita, acessível ao público durante o horário de funcionamento do Parque, das 8:00 às 17horas.
Os animais faziam parte do cotidiano indígena e, como tal, estavam ligados à simbologia espiritual trabalhada pelos xamãs. Estes sábios, magos e curandeiros das tribos indígenas eram respeitados por todos, pois desempenhavam simultaneamente as funções de médicos, adivinhos e conselheiros. Este horóscopo xamânico é inspirado justamente nessa caminhada mágica junto às forças da natureza e como o nome diz,  ele apresenta novos signos zodiacais e uma leitura diferente sobre as influências que estes nos proporcionam.
Seguimos depois para o estacionamento e ali nos despedimos, todos cientes de que passamos um agradável dia na companhia dos colegas. Esta linda caminhada de aproximadamente 4 km (ida e volta ) apresenta belíssimos visuais e é classificada como leve superior.