domingo, 24 de maio de 2015

TRILHA DOS ARENITOS - PARQUE ESTADUAL DE VILA VELHA /PR




Vila Velha é uma extraordinária obra da natureza esculpida pelo tempo que encanta a todos pelas suas exuberantes e monumentais formações rochosas. O Parque com uma área de 3.122 ha, é composto pelas formações areníticas, furnas e Lagoa Dourada, foi tombado pelo Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado. Sua área com vegetação de campo e capões de mato esparsos, onde se
destacam os Pinheiros do Paraná, apresenta uma topografia ondulada com escarpas, possuindo vários cursos d'água, que deságuam no Rio Tibagi. Abriga uma fauna variada com jaguatiricas, quatis, gatos-do-mato, iraras, furão, catetos, veados, tatus, pica-paus, pombas, perdizes, tamanduás bandeira e mirim, e lobos Guará (raros), além de diversos tipos de aves. Tomamos um café reforçado no hotel e com um carro que alugamos, eu e Shirley partimos em direção ao parque, para conhecer os famosos arenitos e as furnas. O acesso é realizado pela Rodovia BR-376 (Rodovia do Café), que liga Curitiba à Ponta Grossa, encaramos aproximadamente 80 Km por estrada duplicada e pedagiada, tudo muito bem sinalizado. Já no parque, deixamos o carro no estacionamento e nos dirigimos até o Centro de visitantes, onde todos assistem a um vídeo explicativo da formação dos arenitos e furnas.
Compramos os ingressos e em seguida um micro-ônibus nos levou até o inicio da trilha dos arenitos, principal atração do parque. A partir desse ponto o visitante tem duas opções de trilhas, a meia trilha com 1,1 Km ou a completa que é uma boa caminhada circundando totalmente os arenitos com cerca de 2,7 km, durando aproximadamente 2 horas. 
Os monumentos geológicos encontrados em Vila Velha são constituídos por uma rocha denominada arenito, formado pela compactação e endurecimento de camadas sucessivas de areia. A formação destes arenitos remonta há 300 milhões de anos, quando a América do Sul ainda estava ligada à África, à Antártida, à Oceania e à Índia, período que corresponde a uma das grandes eras glaciais do passado terrestre. Após o degelo, o grande depósito de areia ali existente ficou exposto à ação das chuvas e dos ventos que moldaram e deram origem as gigantescas formas atuais no arenito e que continuarão sendo remodeladas permanentemente, redefinindo novas figuras.
A primeira visão que obtemos desse fantástico conjunto arquitetônico de rochas foi da rodovia, dando de longe a impressão de ser um gigantesco castelo em ruínas, com suas muralhas projetando-se sobre uma pequena elevação, circundada por uma imensa planície verdejante. Optamos pelo roteiro completo e logo que iniciamos a trilha ficamos ainda mais perplexos e fascinados diante da exuberância destes monumentos pétreos, constituídos por dezenas de formações curiosas de igual magnitude e beleza, quando observamos de perto seus imponentes paredões. Realmente tem horas que penso que a lenda que envolve essa bela região possa ter um fundo de verdade. Pois são cerca de 23 formas curiosas que sugerem imagens de animais e objetos, como esfinge, noiva, índio, garrafa, bota, urso, camelo e a mais conhecida de todas, que é o símbolo da região e cartão postal do
parque, a taça. Todas de tamanho colossal, com uma altura entre 20 a 30 metros, localizadas junto a uma trilha calçada.
Em pouco mais de 1:30h completamos o circuito, com a opção de voltar de micro-ônibus, ou pegar uma trilha alternativa no meio da mata, optamos pela segunda e descemos mais 1,1 Km até o Centro de visitantes.

DICAS
Passeios no parque
- Para chegar as furnas, o micro-ônibus sai em horários programados (normalmente as 13h30min e 15h30min, (procure confirmar os horários). Atente a isso.
- O guia do parque acompanha os visitantes.
Entrada no parque:
Valores - Arenitos - $10,00/pessoa e Furnas e Lagoa Dourada: $8,00/pessoa.
- Brasileiros: R$ 18,00 (Furnas, Arenitos e Lagoa Dourada), R$ 8,00 somente (Furnas e Lagoa Dourada) e R$ 10,00 (Arenitos)
- Estrangeiros: R$ 25,00 (Furnas, Arenitos e Lagoa Dourada) R$ 10,00 somente (Furnas e Lagoa Dourada) e R$ 15,00 (Arenitos)
- Estudantes com carteirinha e residentes com comprovante de luz/água/ título de eleitor pagam MEIA-ENTRADA.
- Pessoas acima de 60 anos, crianças até 6 anos e portadores de necessidades especiais são ISENTOS DE TAXA DE ENTRADA.
Serviços do parque:
- A área possui lanchonetes, sanitários e o estacionamento é gratuito.
- O parque não abre terça-feira, funcionando nos outros dias das 8:30h as 17:30h.
- Agendamentos com antecedência diretamente com a administração do parque. Fone: (42)32281138, ou pelo e-mail: agendamento.ecoparana@pr.gov.br

- Valor dos ingressos consulte o site: WWW.ecoparana.pr.gov.br
Outras Informações:
NORMAS DE CONDUTAS QUE O PARQUE NÃO ADMITE:
- Alimentar-se na trilha;  Fumar e consumir bebidas alcoólicas;  Entrar com animais domésticos;  Apoiar-se e riscar os arenitos;  Caminhar fora da trilha;  Retirar plantas e flores; Alimentar animais;
 Caçar e pescar e  Jogar lixo no chão

Onde Comer: No parque há somente lanche para vender.
- Restaurante Panorâmico- Na Rodovia do Café ( BR 376), a 2 Km da entrada do parque, self service, comida boa com excelente preço.

Como chegar:
- O acesso faz-se pela BR 376, no Km 515. Quem for de ônibus de Curitiba, é só pedir ao motorista para descer em frente ao Parque, pela empresas Princesa dos Campos, ver site www.princesadoscampos.com.br
- Para o retorno a Curitiba, só existe um horário de ônibus que para em frente ao Parque, é o das 15h40min. Se perder esse, só resta a opção do circular até o Terminal Oficinas em Ponta Grossa as 17h45min, mas é preciso fazer baldeação no ponto final e pegar outro ônibus (Terminal Nova Rússia) em direção à Rodoviária.
- Ser estiver com carro alugado, não deixe de visitar as fábricas de porcelanas e louças que estão na Rota da Louça, próxima de Campo Largo - cidade que fica ao lado de Curitiba e na mesma Rodovia de acesso ao Parque.
- A área possui lanchonete, estacionamento para carro/ônibus e sanitários..
- Aluguel do carro em Curitiba: Yes aluguel de carros, melhor preço encontrado com carros novos. 
Fone:(41) 3366 2525, falar com Claudia Chagas

Onde Ficar em Curitiba: Hotel Nacional Inn Torres, localizado próximo ao Shopping Estação, muito limpo, ótimo café da manhã. Excelente custo-benefício.














































sexta-feira, 1 de maio de 2015

MORRO DA URCA




Por 7 vezes subi o Morro da Urca, porém desta última vez teve um sabor especial, pois além da companhia de amigos e de meu filho, tive o privilégio de ser acompanhado por minha neta, que pela primeira vez realizou um rapel, demonstrando a todos que carrega o DNA aventureiro do avô. Hehehehehehehehe.
A subida ao Morro da Urca, onde fica a estação intermediária do bondinho do Pão de Açucar é
considerada fácil e não requer muito preparo físico. Não é necessário uso de equipamentos especiais de alpinismo, uma vez que a trilha é feita por mata fechada e sem paredões ou abismos. A trilha estava muito escorregadia, pois a chuva do dia anterior a deixou com muita lama, portanto todo cuidado na caminhada foi a recomendação. Deixamos o carro na Praça da Praia Vermelha na Urca, onde estava sendo realizado o evento de abertura da temporada de montanhismo, com inúmeras barracas de clubes e parques do Estado do Rio de Janeiro e um enorme paredão para competição de escalada indoor. A caminhada começou na Pista Cláudio Coutinho que fica localizada na extremidade esquerda da Praia Vermelha. Essa pista acompanha o sopé do Morro da Urca e já é em si um belo passeio entre a montanha e o oceano, com rica flora e
fauna. A entrada da trilha é marcada com uma placa e logo no início pegamos uma subida um pouco íngreme e bem escorregadia, requerendo algumas paradinhas e muita atenção. Depois a ascensão foi realizada até um platô, bem no colo entre as montanhas do Morro da Urca e do Pão de Açúcar, praticamente através de uma escada adaptada com as raízes das árvores, que serve para melhorar a subida do montanhista, como também para conter a erosão da trilha. Neste ponto encontramos o primeiro mirante de onde se descortina uma bela vista do bairro da Urca e da Baia da Guanabara. À direita estará o enorme paredão do Pão de Açúcar e sua complicada escalada, portanto siga para a esquerda por uma trilha bem mais tranquila até a chegada ao topo do Morro da Urca, onde se localiza o primeiro terminal do Bondinho do Pão de Açúcar. Antes, porém, através de uma pequena derivação existe outro belo mirante. A duração média da subida normalmente é realizada entre 40 minutos e uma 1 hora e neste percurso é comum avistar alguns macacos e pássaros.
Do cume do Morro visualizamos a Enseada de Botafogo, praia da Urca, Aterro do Flamengo, Centro da Cidade, da Ponte Rio-Niterói,a cidade de Niterói e várias outras montanhas. Além de curtir todo visual que este morro proporciona, aproveitamos mais nossa aventura, realizando vários rapéis e escaladas proporcionados pelo nosso amigo João Sergio. Neste Morro, onde existe dezenas de vias, o guia pode montar um rapel em rocha inclinada até uma pequena floresta abaixo, pegando depois uma pequena trilha para voltar ao local inicial, ou simplesmente escolher uma via para escalar.

ALGUNS LEMBRETES


- Da Estação do Morro da Urca não é mais possível comprar ingresso do bondinho para subir o morro do Pão de Açúcar ou para descer até à Praia Vermelha.
- A Pista Claudio Coutinho, no canto esquerdo da Praia Vermelha, é aberta diariamente das 7 as 18h. A trilha é fácil, pouco extensa, mas um pouco íngreme, podendo ser realizada em 1 hora com paradas para respirar.
- A Urca talvez seja o maior centro urbano de escalada e rapel do mundo, somente no morro são cerca de 50 vias.
- Esse passeio pode ser feito no período da tarde. O Pôr do Sol do Morro da Urca é uma das mais belas imagens da cidade.

- O significado de Morro da Urca surgiu porque sua formação rochosa lembrava muito a proa de uma embarcação holandesa da época, a Urca.
- A área adquiriu importância estratégica por se localizar em um dos extremos da entrada da Baía de Guanabara. Lá foi erguida a Fortaleza de São João, que, em conjunto com a Fortaleza de Santa Cruz do outro lado da baía, foi responsável por impedir invasões marítimas de corsários franceses e holandeses ao Rio.