Em fevereiro de 2001
saímos para realizar um rapel na Cachoeira dos Treze em Itaipava. Essa cachoeira fica localizada a 13 km da estrada que liga
Itaipava a Teresópolis, na bonita,
florida e sinuosa estrada Petrópolis-Teresópolis. Por ter fácil acesso a
cachoeira se apresenta um pouco suja, principalmente no primeiro poço, mas no
segundo ainda dá para dar um mergulho, mas mesmo com lixo que algumas pessoas
insistem em deixar, a visita à cachoeira ainda é um bom programa. A sujeira
deixada nessa cachoeira mostra a total falta de educação de algumas pessoas e
também a absoluta ineficiência da prefeitura em manter limpa e sinalizada uma
beleza natural da cidade para cativar o turista ou mesmo em criar mais uma
opção de lazer para a população. O acesso conta com um amplo local de
estacionamento num recuo ao lado da estrada. A trilha é curta e segue margeando
o rio, num lugar muito bonito cercado de verde. Com poucos minutos de trilha
surge a primeira visão da cachoeira.. Na base da cachoeira existe um ótimo poço
com águas sempre geladas, mesmo no verão. Existe também uma trilha para a parte superior da cachoeira Pra turma que gosta
de rapel que também é bem curtinha,
começando no lado direito da mesma. A cachoeira grande possui grampos, porém para
chegar na parte de cima é preciso ter muito cuidado, pois no leito do rio onde
despenca a água da cachoeira possui uma grande laje de pedra escorregadia e
qualquer vacilo é morte na certa, infelizmente mortes já ocorreram nesse local. O nosso amigo João Sergio, profundo
conhecedor da área chegou fácil e preparou todo nosso rapel. Todos rapelaram
várias vezes essa bela cachoeira, ora sobre a água, ora sob a água, realmente
foi uma experiência única em nossas vidas. Muito legal.
Depois de muito tempo caminhando e explorando as montanhas que tanto admiro, e após muitas aventuras perambulando por este país gigante e também por outras partes do mundo, resolvi contar aqui as histórias e curiosidades das trilhas realizadas por mim até hoje. Descrevê-las pra mim é um grande prazer, pois além de recordar cada detalhe e sentir plenamente o contato mais íntimo com a Mãe Natureza, sinto novamente as mesmas sensações de quando as realizei pela primeira vez. Valdir Neves
sábado, 28 de outubro de 2000
quarta-feira, 26 de janeiro de 2000
PRAIA DA SOROROCA - ANGRA DOS REIS/RJ (3)
Pela terceira vez fomos a Praia da Sororoca em Angra dos Reis, agora em pleno verão de 2000. O grupo contava com vários amigos e caminhada começou na areia da praia de Garatucaia, pois estávamos na casa de meus cunhados dentro do condomínio. Ao final da faixa de areia, subimos por uma trilha perto da Vila dos Pescadores que dava acesso à Praia de Caetés, chegamos a estrada que à esquerda nos leva a Praia de Caetés, seguimos a direita para a Praia da Sororoca. Após uma subida suave de quase 1km nesta estrada, com belos visuais da Praia de Garatucaia, de Conceição do Jacareí e bem ao fundo de uma grande serra que faz parte do Parque Estadual de Cunhambebe, além de outras seções da Serra do Mar, chegamos ao local que dá acesso a trilha, onde um muro de pedra com um portão é a senha de entrada. O início da trilha é basicamente composto de vegetação rasteira, e como o sol não nos deu moleza, apesar de estarmos descendo em direção a praia, a situação só foi amenizada com o belo cenário descortinado a nossa frente, que nos apresentava um mar azul e ao fundo grande parte da Ilha Grande, realmente é para parar e refletir um pouco esse presente da Mãe-Natureza. Continuamos descendo, entrando por um trecho de Mata Atlântica, chegando logo a seguir na areia da praia. Notamos que a praia desta vez estava, ao contrário das vezes anteriores sendo bastante freqüentada por gente com pouca educação ambiental, pois havia muito lixo espalhado, no entanto, esta pequena praia com 150 metros é totalmente envolvida em toda sua extensão por fragmentos da Mata Atlântica, predominando em suas laterais belos costões rochosos, e apresentava toda faixa de areia limpa e a água do mar cristalina como sempre. Isso, aliado à beleza do lugar, que nos brindava bem em frente com a Ilha Grande. Ela somente é alcançada por trilha ou por via marítima, e justamente devido a essas atrações várias lanchas ali estavam fundeadas. Ou seja, embora houvesse uma degradação evidente no local, o mesmo ainda guardava um patrimônio ambiental e cênico considerável. A única casa da Sororoca fica oculta pela vegetação no lado leste da praia. Há neste trecho da areia, um pequeno e artesanal restaurante, oferecendo opções de bebida e comida a preços proibitivos... Assim, ao que tudo indica, a Sororoca atrai não apenas pessoas de baixa renda, que inclusive acampam no local, mas também abonados. Pena que, ao que tudo indica, nem uns nem outros respeitem o lugar como ele merece. Ficamos relaxando e mergulhando nas águas esverdeadas, transparentes, mornas, calmas e agradabilíssimas da enseada durante aproximadamente duas horas. Após tirarmos o sal num dos chuveiros de água de nascente instalados na praia, e logo depois retornamos a Garatucaia, através de uma íngreme subida.
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