Em fevereiro de 2001
saímos para realizar um rapel na Cachoeira dos Treze em Itaipava. Essa cachoeira fica localizada a 13 km da estrada que liga
Itaipava a Teresópolis, na bonita,
florida e sinuosa estrada Petrópolis-Teresópolis. Por ter fácil acesso a
cachoeira se apresenta um pouco suja, principalmente no primeiro poço, mas no
segundo ainda dá para dar um mergulho, mas mesmo com lixo que algumas pessoas
insistem em deixar, a visita à cachoeira ainda é um bom programa. A sujeira
deixada nessa cachoeira mostra a total falta de educação de algumas pessoas e
também a absoluta ineficiência da prefeitura em manter limpa e sinalizada uma
beleza natural da cidade para cativar o turista ou mesmo em criar mais uma
opção de lazer para a população. O acesso conta com um amplo local de
estacionamento num recuo ao lado da estrada. A trilha é curta e segue margeando
o rio, num lugar muito bonito cercado de verde. Com poucos minutos de trilha
surge a primeira visão da cachoeira.. Na base da cachoeira existe um ótimo poço
com águas sempre geladas, mesmo no verão. Existe também uma trilha para a parte superior da cachoeira Pra turma que gosta
de rapel que também é bem curtinha,
começando no lado direito da mesma. A cachoeira grande possui grampos, porém para
chegar na parte de cima é preciso ter muito cuidado, pois no leito do rio onde
despenca a água da cachoeira possui uma grande laje de pedra escorregadia e
qualquer vacilo é morte na certa, infelizmente mortes já ocorreram nesse local. O nosso amigo João Sergio, profundo
conhecedor da área chegou fácil e preparou todo nosso rapel. Todos rapelaram
várias vezes essa bela cachoeira, ora sobre a água, ora sob a água, realmente
foi uma experiência única em nossas vidas. Muito legal.
Depois de muito tempo caminhando e explorando as montanhas que tanto admiro, e após muitas aventuras perambulando por este país gigante e também por outras partes do mundo, resolvi contar aqui as histórias e curiosidades das trilhas realizadas por mim até hoje. Descrevê-las pra mim é um grande prazer, pois além de recordar cada detalhe e sentir plenamente o contato mais íntimo com a Mãe Natureza, sinto novamente as mesmas sensações de quando as realizei pela primeira vez. Valdir Neves