Domingo
de sol, porém em pleno inverno, estava em casa sem nada para fazer, resolvi então
encontrar com alguns amigos que iam conhecer as Cachoeiras do Mendanha, localizadas
na Área de Proteção Ambiental do
Gericinó-Mendanha e
dentro do parque Municipal do Mendanha em Campo Grande, em plena Zona
Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Com a maior área de mata atlântica primária do
município, esta APA é
considerada uma Reserva da Biosfera pela UNESCO e suas cachoeiras são uma sucessão de bonitas
quedas-d'água de tamanhos e formas distintas.
A trilha é formada basicamente por uma área de mata
fechada e inicia em uma pequena ponte, sendo o primeiro trecho da trilha relativamente
íngreme e bem sinalizado até certo ponto,
ficando depois por conta da intuição de cada um, pois a mesma bifurca em certos
pontos, porém é só seguir o caminho mais aberto. Caminhamos tendo
uma temperatura agradável mesmo com um dia bastante ensolarado. Mantendo uma
subida constante, a trilha é bem definida e percorrida com absoluta
tranquilidade, exigindo apenas um pequeno fôlego para enfrentar a sua subida e
mantendo-se sempre pelo caminho mais definido nas poucas bifurcações
existentes. A única grande bifurcação que
gera dúvidas fica localizada a cerca de 40 minutos do início. Nessa parte
existe uma trilha que sobe e outra maior que desce, o caminho correto é para
baixo.
Já na parte final, conseguimos escutar o som da água,
sinalizando que estávamos próximo de nosso objetivo. Levamos aproximadamente uma hora de
caminhada na trilha para chegarmos às cachoeiras, deparamos-nos com
três quedas d’água. O rio Guandu
do Sapê gera as cascatas, que formam piscinas naturais onde relaxamos e curtimos
a natureza ao redor num gostoso banho em suas águas límpidas, onde praticamos
também o “escorrega” numa queda-d'água em forma de um tobogã natural por onde os banhistas
escorregam com toda segurança pela pedra até a próxima piscina. Nesse mesmo poço do escorrega existia uma corda
que estava presa na encosta do morro e
que ia até o outro lado do rio. As pessoas se amarravam em uma outra corda e
desciam fazendo uma espécie de tirolesa e caíam dentro do poço. Apesar de não
ter participado desta aventura, acho que, deve ser muito legal. Porém na última
cachoeira praticamos um fascinante Cascading, que é o rapel em cachoeira, foi muito
show essa descida.
COMO CHEGAR: Seguir pela Av. Brasil (no
sentido Centro – Zona Oeste). A entrada para Campo Grande é feita pela Estrada
do Mendanha que corta a Av. Brasil por baixo. Vire para a direita nessa estrada
e siga até o final, depois virar a esquerda, subir uma pequena serrinha, virar
a direita na Estrada Abílio Bastos (existe uma placa mostrando a entrada para a
estrada) que começa em frente a uma igreja Batista que existe no lado esquerdo
da descida da serrinha), seguir na Abílio Bastos até aparecer uma escola e em
fim, virar a esquerda. Desse ponto em diante a pista é de terra. Se você não
tem um 4X4 e tem amor pelo seu carro, é melhor estacionar e seguir a pé até o
início da trilha. Caso contrário é possível fazer um pequeno rally e estacionar
o carro mais acima.