sábado, 14 de outubro de 2006

PEITO DO POMBO - SANA/RJ



Não eram 6:00h quando saímos de carro para encontrar com o restante do grupo em Rio Bonito. O tempo estava bom e a previsão era de uma ótima caminhada. Sana, distrito do Município de Macaé, fica distante cerca de 180Km da cidade do Rio de Janeiro, para chegar lá roda-se pela BR101 até o entroncamento com a rodovia Serra-Mar. Seguimos por esta, por cerca de meia hora, depois, saímos do asfalto e mais uns 40 minutos por uma estradinha de terra e pronto! chegamos em Sana. Achamos um camping onde estacionamos, pegamos o equipamento, enchemos os cantis com água e, pé na trilha! Éramos em numero de 15 pessoas com idades entre 12 e 70 anos, todos sócio do CEB – Clube de Excursionistas Brasileiro e tínhamos como guia o Horácio e a Nazaré. Entramos na trilha por volta das 9:00h e a previsão eram de 3:30h de caminhada. Da trilha dava para ver a pedra, e realmente parecia com um pombo pousado no topo da montanha. Seguimos passando por porteira, atravessando vales e cruzando rios. Somente a parte final do percurso foi um pouco cansativa com uma subida bastante íngreme no meio da floresta, o que não foi nenhum problema para o nosso mascote Gabriel, mas com 12 anos, até eu. Mas valeu ! o visual no alto da pedra é belíssimo com uma visão de 360º de todo o vale. Depois de um bom lanche e muitas fotos iniciamos o caminho de volta. Calculamos que em 2:30h estaríamos lavando nossas almas nas belíssimas cachoeiras da região. Promessa cumprida, a descida foi longa mas tranqüila, estávamos todos cansados e a água gelada da cachoeira nos revigorou. Depois seguimos para a praça principal (e única) de Sana para aquela cervejinha de confraternização. Não demoramos muito, nos despedimos e começamos a viagem de volta, afinal tínhamos uns 200Km pela frente. O Thiago veio dirigindo, eu e o Gabriel preferimos dormir.

Ver mais fotos e relatório na íntegra dessa aventura no sitehttp://toperambulando.com.br/



















sábado, 19 de agosto de 2006

MORRO DA FAXINA - PARQUE ESTADUAL DA PEDRA BRANCA/RJ



Segui, junto com vários amigos até um local chamado Piabas, nas proximidades do Recreio dos Bandeirantes na cidade do Rio de Janeiro. Estacionamos os carros e iniciamos a subida da trilha às 09:30h.
O dia estava ensolarado, porém com muita nebulosidade e assim, sem muita dificuldade percorremos a trilha, apesar de apresentar algumas subidas, e possuir uma vegetação de Mata Atlântica bastante preservada. Em aproximadamente 1 hora chegamos a base do cume. O cume do Morro da Faxina apresenta um grande monolito e para chegar ao seu topo, somente é possível escalando-o. Com todos os equipamentos preparados começamos a escaldada, sempre em pares, esta etapa foi bastante demorada, pois todos os requisitos de segurança foram utilizados.
Do cume a 410 metros de altitude, que na realidade é um afloramento rochoso, descortina algumas das melhores vistas do Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca e dos morros circundantes. De lá, além das matas e da praia destes bairros, é possível visualizar também um pedacinho da Restinga da Marambaia,além do Morro do Telégrafo, da Serra Geral de
Guaratiba, e do Maciço da Pedra Branca. De lá também identificamos alguns picos do Maciço da Tijuca, e o que mais chamava nossa atenção era o contraste da paisagem entre a vegetação muito verde e o mar de um azul intenso, que nos presenteava com um cenário indescritível para os nossos olhos e poque não para o nosso coração.
Após uma hora de contemplação desses belos visuais e dos harmônicos cantos dos pássaros ali presentes, e de inúmeras fotografias retratadas, começamos o retorno. A descida, embora novamente pausada e cuidadosa por conta da irregularidade do terreno, foi rápida. Chegamos em 50 minutos até onde estavam nossos carros. Cabe ressaltar aqui, que apesar dessas belas paisagens da Cidade Maravilhosa, notamos também uma ocupação urbana agressiva e desordenada agravada a cada ano em alguns pontos, gerada sobretudo por um modelo de desenvolvimento arcaico e num crescimento sem limites. Muito preocupante.




















domingo, 6 de agosto de 2006

RAPEL NA PEDRA DA TARTARUGA (3ª vez)/ PRAIAS SELVAGENS - GUARATIBA-RJ





Dono de uma extensa faixa litorânea, o município do Rio alçou fama internacional graças, em grande parte, às suas praias urbanas. Mas essa orla generosa, que abriga dezenas de praias, esconde um verdadeiro tesouro, pois preserva cinco delas ainda selvagens. São recantos paradisíacos, protegidos por paredões de pedra e vegetação exuberante, acessíveis apenas por trilhas ou por embarcações. Situadas entre Grumari e Barra de Guaratiba, as Praias selvagens estão localizadas dentro dos limites do Parque Estadual da Pedra Branca. De águas límpidas e praticamente intocadas, estas praias oferecem uma ótima oportunidade para os que buscam locais distantes e pouco freqüentados, longe das badaladas praias urbanas do litoral carioca, porém dentro da capital. As praias dos Búzios (ou das Conchas), do Perigoso, do Meio, Funda e do Inferno são pouco conhecidas até mesmo por cariocas, pelo menos até agora, mas pra quem não sabe, elas já serviram como posto avançado para a primeira invasão da cidade do Rio de Janeiro pelo corsário francês Jean-François Duclerc. Este ataque foi rechaçado pelas fortalezas de Santa Cruz e São João, na entrada da Baía de Guanabara.
Eu, meus filhos e outros amigos seguimos para a praia da Barra de Guaratiba, onde estacionamos os carro e começamos a caminhada subindo uns 300 metros da Estrada do Canto da Praia e depois a esquerda um conjunto de escadarias até chegar na estrada Parlon Siqueira. Deste ponto já é possível visualizar o belo litoral de Barra de Guaratiba e da longa restinga de Marambaia. Depois seguimos a esquerda, subimos mais um pequeno trecho dessa íngreme ladeira, dobramos a direita numa servidão que vai afinando até virar propriamente uma trilha. O caminho é bem marcado e segue sinuosamente a encosta em um habitat praticamente selvagem, com interessantes formações rochosas, que contornam o recortado litoral, sempre com o mar a direita da trilha, e que as vezes nos presenteia com uma bela visão da Pedra da Tartaruga, que em seu melhor ângulo nos faz lembrar o quelônio. Para abrilhantar ainda mais este magnífico cenário avistamos a Ilha Rasa com seu antigo farol ao largo de um imenso mar azul. Continuando sempre seguindo pela trilha principal, ignorando algumas entradas para trilhas secundárias que descem ligeiramente a direita, cruzamos depois de mais de 1 Km com um ponto de água, conhecido como Riacho da Vovó, muito utilizado pela galera que faz trilha neste local. Aproximadamente 200 metros depois do ponto de água chegamos a 2ª bifurcação, onde iniciamos uma descida na encosta até chegar a base da Pedra da Tartaruga. No final da descida, literalmente nas patas da tartaruga,pode-se optar por 2 caminhos, o da direita, é uma plana e curta trilha que segue direto para a primeira praia selvagem, a praia dos Búzios, uma pequena praia pedregosa que fica de frente para a Ilha Rasa. O caminho a esquerda, também com quase 100 metros, alcança a Praia do Perigoso e neste mesmo caminho uns 50 m antes, dobrando a esquerda chega-se a subida da Pedra da Tartaruga. Depois de quase 100m entre a esquerda novamente para uma subida final de 350m até a cabeça da Tartaruga, local onde existe inúmeros vias de escaladas e o famoso rapel negativo de quase 50m. Permanecemos ali um bom tempo rapelando e contemplando aquele bonito cenário emoldurado pelas últimas praias selvagens da cidade e mais ao fundo as praias de Grumari, Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Maciço da Tijuca e pedra da Gávea.

Considerações finais: É uma caminhada moderada, sem desnível acentuado e de fácil orientação, com duração de aproximadamente 1:00h até a praia do Perigoso e pedra da Tartaruga. O roteiro todo até a Praia do Inferno tem duração de 4 a 6hs. O acesso por trilha limita bastante a presença de banhistas às cinco praias. É fato. Mas seria inverdade afirmar que elas são sempre desertas. Esse pedaço de paraíso ainda protegido do litoral carioca costuma ser refúgio de dezenas de praticantes de camping "selvagem", apesar de proibido, nos feriado prolongados e na temporada de verão, deixando um rastro de lixo para trás e algumas pedras pichadas pelo caminho, indicando que a região não está a salvo de vandalismo, embora faça parte d e uma Área de Proteção Ambiental, porém fora dos períodos tumultuados, as praias estão praticamente desertas, exibindo toda sua beleza, além de descortinar outros diferentes ângulos. As duas primeiras praias, Búzios e Perigoso, por terem águas mais calmas (apesar de risco de correnteza) e acesso mais fácil, são as preferidas de quem se dispõe a fazer a caminhada até elas. A Praia do Meio, é a maior e favorita dos surfistas.
Todo o esforço até esses pontos é recompensado, pois tudo é lindo, deserto e selvagem, nem parece que estamos em plena cidade do Rio de Janeiro. É um lugar realmente especial.



É bom lembrar para levar bonés, chapéus ou viseiras, pois a maior parte da trilha até a Pedra da Tartaruga e praias selvagens é feita em área descampada, o que pode ser bastante desagradável em dias de sol e calor. Abuse do protetor solar e não se esqueça de levar proteção para os olhos.