domingo, 26 de agosto de 2012

PICO PERDIDO DO ANDARAÍ - RJ





No final de agosto de 2012, Eu, meu filho mais novo Biel e nosso amigo Vinicius, juntamente com um grupo de montanhistas conquistamos o Pico do Perdido do Andaraí. Esta montanha também conhecida como Pedra do Andaraí ou ainda Pico do Papagaio é o principal símbolo natural do bairro do Grajaú, na cidade do Rio de Janeiro, e está situado na Reserva Florestal do Grajaú, atualmente Parque Estadual do Grajaú, em meio à mata Atlântica e que faz limite com o Parque Nacional da Tijuca. 
É uma incrível pirâmide de puro granito que se ergue a 444 metros de altitude acima do nível do mar sendo muito procurado por praticantes de montanhismo, tanto pela sua grande parede com longas e várias vias de escaladas, como pela caminhada em meio à Mata Atlântica para atingir seu cume. Este parque situado na Zona Norte do Rio destinado ao lazer dos visitantes está com novas instalações. Além de ganhar um anfiteatro, a unidade passou por uma reforma que deu aos freqüentadores novos banheiros, incluindo áreas para deficientes e idosos, churrasqueiras, aparelhos de ginástica e brinquedos. Possui um grande centro de escaladas do estado, com uma grande diversidade nas suas escaladas entre boulders, esportivas, paredes e artificiais, contando ainda com belas caminhadas. Foram catalogadas cerca de 200 vias de escaladas no Parque Estadual do Grajaú.
É uma trilha relativamente fácil até a base do Pico do Perdido, com algumas bifurcações não sinalizadas e que dura aproximadamente 1 hora e meia até o topo do pico. Iniciamos a caminhada no final da Rua Marionópolis, e no começo podemos observar parte das ruínas de uma antiga fazenda cafeeira que no século XIX fazia parte da chamada Vila Rica. A seguir pegamos um pequeno trecho de bela mata fechada com alguns riachos e cascatas, até atingirmos um grande paredão rochoso que margeia um dos lados da trilha, essas cascatas e o rio perdido são ótimas oportunidades para uma refrescada do calor em dias de temperatura elevada e assim, repor as energias. Depois chegamos a uma área descampada, onde atualmente acontece um processo de reflorestamento por parte de ógãos ambientais, nesse ponto da trilha veremos um caminho à esquerda que segue para a crista rochosa em uma passagem óbvia para cume, mas no meio dessa crista passaremos pela carraqueirinha que é uma escalaminhada um pouco exposta onde não podemos errar, mas bem simples de superar.
Com uma corda presa a um grampo ali existente, ultrapassamos essa barreira que é a parte mais difícil de toda trilha, e alguns minutos depois, finalmente chega-se ao cume, de onde se obtêm uma visão de tirar o fôlego, com paisagens fantásticas de nossa cidade, tais como a Ponte Rio-Niterói cortando a Baía de Guanabara, a Baixada Fluminense,  a de uma visão ímpar dos bairros da Zona Norte, como Tijuca, Vila Isabel e lógico o Andaraí, da Zona Oeste e do Centro da cidade. Olhando para o lado oposto é possível avistar o Cristo Redentor e diversos picos do Parque Nacional da Tijuca (Andaraí Maior, Tijuca Mirim e Pico da Tijuca), o Morro do Elefante, a Serra da Carioca com as antenas do Sumaré e ainda podemos vislumbrar se o dia estiver totalmente limpo e aberto, a Serra dos Órgãos com toda sua cadeia de montanhas, com destaque para o Dedo de Deus.

Curtimos muito o cume desta bela montanha e, ao descer o Perdido, se desejar seguir para o Morro do Elefante é preciso caminhar mais 1 hora e meia, mas necessitando de um pouco mais de atenção, e bastante disposição, pois é uma subida bem cansativa, tendo em vista que a maior parte do caminho é em aclive com trechos escorregadios devido a erosão do solo e as queimadas ocorridas pelos constantes incêndios. Deve-se seguir em direção as torres de transmissão, para chegar ao Morro do Elefante, de onde se tem uma vista do Pico do Perdido com parte da cidade do Rio de Janeiro ao fundo e bem a frente o Maciço da Tijuca.

Dicas:como a trilha não tem sinalização, é recomendável faz o passeio com um guia experiente.
1- Acesso via Parque Nacional da Tijuca: Estrada da Cascatinha, 850 - Alto da Boa Vista  Rio de Janeiro - RJ
2- Acesso via Parque Estadual do Grajaú: Rua Comendador Martinelli, nº 742, Grajaú, Rio de Janeiro/RJ. 
3- Quando ir: Todas as estações do ano são boas para caminhar até o Pico do Perdido do Andaraí, entretanto no verão as temperaturas podem ultrapassar os 40ºC e as tempestades são frequentes, principalmente no final da tarde. Nas demais estações a temperatura é mais amena, tornando o passeio mais agradável.
4- O caminho até o cume dura, em média, cerca de 1 hora em meio à Mata Atlântica e conta com uma difícil escalaminhada no fim, onde é comum o uso de cordas e outros acessórios.
5- Outras dificuldades, como as bifurcações, podem confundir o trilheiro.
6- O caminho, em sua grande parte, é íngreme e possui trechos escorregadios.              
               
                 

                 

                 

                 


                 

                 




                 

                 

                 

                 

                 



                                     

                                         

                                 


sábado, 26 de maio de 2012

IRMÃO MAIOR - RJ

                                                       IRMÃO MAIOR - RIO DE JANEIRO

Em maio de 2012 participei juntamente com alguns amigos de uma caminhada ao Pico Irmão Maior, situado na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, que me possibilitou conhecer um pouco mais dessa cidade maravilhosa. Agora com a implantação da UPP na comunidade do Vidigal pude conhecer e sentir o fantástico potencial turístico deste local causado principalmente pela grande quantidade de turistas estrangeiros transitando por lá, assim como eu na maior tranqüilidade e tendo como principal objetivo a conquista dessa nova atração para os adeptos do montanhismo, a trilha para o Morro Dois Irmãos que inclui o Irmão Maior e o Irmão Menor.

Marcamos o encontro no Mirante do Leblon as 9:00h, e tudo se encaminhava perfeitamente, pois fazia um lindo dia de sol. Com o grupo reunido partimos em direção a comunidade do Vidigal, onde iniciamos a subida do morro. O Carlos que estava nos guiando contratou uma van que nos deixou num lugar de nome
Arvrão, início da trilha propriamente dito, suprimindo assim um bom pedaço de subida. Este trecho pode ser feito também através de moto táxi, onde a viagem, dizem ter mais emoção e com muito mais visual para curtir.
Iniciamos a trilha caminhado por cima de uma muralha de concreto que serve para contenção de uma pequena encosta que fica na parte e trás de algumas casas, depois já dentro da mata, pequena parte ainda coberta de viçosa Mata Atlântica, pegamos uma subidinha um pouco puxada, porém nada demais, que conseguimos vencer tranquilamente, até a chegada ao primeiro mirante, de onde vislumbramos e ficamos muito impressionados com o tamanho e a imponência da comunidade da Rocinha, muitas fotos foram tiradas no local, realmente inacreditável.
Prosseguimos nossa subida ainda sob a vegetação, dessa vez a trilha já perde um pouco da inclinação e fica mais tranquila, até chegarmos a outro mirante, último ponto de parada antes do cume. Após descansarmos e batermos mais algumas fotos.
A seguir prosseguimos, porém agora totalmente expostos ao sol, pois a trilha nesta altura da caminhada é realizada sem a proteção da vegetação, e após mais alguns minutos, enfim chega-se ao cume do Morro Irmão Maior, com seus 533 metros de altitude. A recompensa é enorme, pois temos uma visão privilegiada de toda Cidade Maravilhosa. Praias, Lagoa, Ilhas Cagarras Pedra da Gávea, Cristo Redentor, Ponte Rio-Niterói, maciço da Pedra Branca, enfim um visual de 360 graus de toda nossa cidade. Um espetáculo difícil de traduzir em palavras, realmente indescritível. Ficamos ali por quase uma hora, proseando, lanchando e tirando muitas fotografias, curtindo o local, mesmo com o astro-rei  a todo vapor sob nossas cabeças.
Descendo, encontramos duas estrangeiras solitárias na metade da trilha, com potentes máquinas fotográficas e logo a seguir um pai com sua pequena filha, também sozinhos, provando assim que a comunidade está totalmente pacificada. O grupo se desfez logo que a trilha terminou, pois alguns resolveram beber aquela gelada para comemorar a conquista dessa bela montanha, enquanto outros desciam  pelas vielas da comunidade totalmente descontraídos.