Em 2008, realizaram-se em várias partes do mundo as comemorações referentes ao aniversário de 150 anos do lançamento da Teoria da Evolução das Espécies pela Seleção Natural, desenvolvida de forma independente por Charles Darwin e Alfred Wallace. Integrando essas comemorações surgiu o projeto Caminhos de Darwin – um roteiro turísticocientífico cujo principal objetivo é proporcionar um resgate da importância do Brasil na história da ciência mundial. Esta comunicação tece considerações sobre a metodologia de construção do projeto que, para refazer o roteiro do naturalista, debruçou-se sobre a leitura do diário e das cadernetas de campo sobre sua passagem pelo Rio de Janeiro.
O britânico Charles Darwin, em sua viagem a bordo do navio Beagle, passou pelo Brasil em 1832. De 4 de abril a 5 de julho permaneceu no Rio de janeiro e, entre 8 e 24 de abril, empreendeu uma expedição ao interior do Estado. Caminhos de Darwin une as 12 cidades do Estado do Rio de Janeiro por onde o naturalista passou. Rio de Janeiro, Niterói, Maricá, Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Casemiro de Abreu, Macaé, Conceição de Macabu, Rio Bonito e Itaboraí.
Nosso percurso |
Darwin passava os dias coletando, observando e estudando o comportamento desses animais e suas anotações foram importantes para a formulação da Teoria da Evolução e o principio da seleção natural. Mas, se a fauna e a flora brasileira causaram deslumbramento e estupefação ao naturalista, o mesmo não se pode dizer dos hábitos dos brasileiros. Darwin criticou em seu diário de viagem, por exemplo, quando pernoitou na fazenda Itaocaia a existência de escravos no Brasi, pois era forte crítico da escravidão e defensor da igualdade de direitos e contra os privilégios destinados aos homens de posses.
Ao fundo Pedra Itaocaia |