sexta-feira, 15 de novembro de 2013

PERAMBULANDO POR BHAKTAPUR - NEPAL

Voltando da trilha ao campo base do Everest, resolvemos conhecer Bhaktapur, onde foram realizadas as filmagens do Pequeno Buda, de Bertolucci. Bhaktapur é maravilhosa, fascinante e mágica, e para conhecê-la pagamos 1100 rúpias. Está localizada a 30 minutos de Kathmandu, é abarrotada de templos muito antigos. A Cidade que até a unificação do Nepal, era um reino independente, muito diferente de Katmandu, pois esta cidade não foi afetada pelo modernismo. Das cidades do Vale, é a mais medieval e explorar suas estreitas ruelas e sua lindíssima Durbar Square é uma experiência inesquecível. É tombada pela UNESCO como patrimônio mundial. Primeiramente conhecemos o centro histórico, com milhares de turistas, belos templos e construções antigas literalmente tombadas, dando muito charme ao local. Tudo de belo que existe são as coisas antigas, novo apenas a decadência daquela cidade que um dia já foi considerada um império. Dali seguimos para um local pouco visitado por turistas, onde andamos por becos estreitos e escuros, realmente sensacional. Compramos também muita coisa no comércio, onde pechinchar é uma ótima pedida.
De volta a Kathmandu, nos dirigimos novamente para o bairro do Thamel, onde compramos as lembranças e presentes que faltavam e retornamos ao hotel. Essa foi nossa despedida do Nepal. Posteriormente seguimos para o aeroporto e iniciamos a volta para o Brasil.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

PERAMBULANDO POR LUKLA- NEPAL

Monjo / Lukla (2.800)
Vista aérea do Campo base do Ama Dablam
Os três participantes que optaram em não fazer o sobrevôo de helicóptero saíram do lodge as 6 horas da manhã, juntamente com o Morgado e a Fabiana para o ultimo dia de trilha até Lukla e o restante ficou no lodge esperando a chegada do helicóptero. E pontualmente, como marcado, às 8 horas o helicóptero pousou em um terreno próximo ao lodge. No sorteio coube ao meu grupo, composto pela Dani, Elisa, Herbert, Edu e Eu, o primeiro vôo. E lá fomos nós conhecer do alto toda espetacular aventura que vivenciamos nas trilhas das magníficas e belas montanhas do Himalaia. Realmente é emocionante e inacreditável quando identificávamos no meio do imenso “mar de neve” e nas grandes altitudes das montanhas, as trilhas e lugarejos que passamos, acho que uma vida inteira não seria suficiente para registrar tanta beleza e sentir tanta emoção. Passar pertinho das mais altas montanhas do mundo, inclusive da maior, o Everest, ver os lagos de Gokio onde passamos ao lado, ver o imenso e quase intransponível Passo Cho La, ver o Acampamento Base e a Cascata de gelo do Everest, o Acampamento do Ama Dablan a 4600m de altitude cheio de barraquinhas multicoloridas espalhadas na imensidão branca, com suas expedições a espera da hora certa para o ataque final ao cume, entre outras imagens inesquecíveis, vale cada doleta paga. Assim como nosso grupo, todos os outros foram transportados até ao Aeroporto de Lukla e reunidos novamente no Himalaya Lodge, inclusive a turma que fez a trilha. Comentário geral esse passeio é imperdível e realmente não tem preço, hehehehehe. À tarde perambulamos pelo Vilarejo de Lukla, com seu comercio local, o costume de sua gente e depois realizamos uma confraternização com nossos simpáticos e hospitaleiros sherpas e carregadores, onde doamos vários pertences a eles e ainda fotografamos o derradeiro pôr-do-sol da cadeia de montanhas que é vista de Lukla. Deixamos a bandeira do Brasil com a logomarca do toperâmbulando fixada na parede, bem na entrada do lodge e realizamos o ultimo jantar naquele ambiente em ritmo de despedida, regado com a gostosa cerveja Everest em companhia dos simpáticos, hospitaleiros e eternos amigos, os sherpas Nara, Dorje, Manie, Rinde, Hem e Guines. Amigos sentiremos muita falta do “bôo dia” de todas as manhãs em que eram servidos aquele chazinho quentinho.
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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

DEBOCHE / MONJO

15º Dia :  Deboche / Monjo (2.600m)
Trekking ao Campo Base do Everest - Carregadores em ação
Acordamos com a expectativa de superar o dia mais difícil e árduo do nosso retorno, pois faríamos o trajeto direto entre Deboche e Monjo, com parada em Namche Bazaar apenas para almoço. Iniciamos a caminhada com uma descida suave e depois por uma subida de aproximadamente 100 metros até a chegada do vilarejo de Tengboche, que é conhecido por seu grande, lindo e mais importante monastério budista de todo Vale do Khumbu, e de cara obtivemos uma sensacional vista do Everest quase escondido atrás da longa crista do monte Nuptse (7861 m) e do Lhotse. Depois iniciamos uma longa descida até o fundo do vale do Rio do Leite, onde atravessamos uma ponte, e neste ponto pegamos uma imensa e muito cansativa subida de 600 m que parecia não mais ter fim, realmente muito desgastante. Posteriormente seguimos um caminho também muito longo, sempre serpenteando as margens do rio, com bela visão das montanhas nevadas, incluindo aí o Katenga com os seus 6782 metros. A todo instante um de nossos amigos do trekking, falava para tirarmos fotos, pois seria a ultima aparição do Everest, o que foi repetido em várias outras curvas depois até chegarmos muito esgotados em Namche Bazaar, onde almoçamos. Após as ultimas compras no vilarejo, seguimos em direção a Monjo e realmente no meio do caminho através daquele mirante de onde vimos pela primeira vez a maior montanha do mundo dias atrás, observamos ela pela ultima vez. Muito emocionados deixamos aquela imagem entre a vegetação, porém com a certeza de que ela ficou para sempre gravada em nossa memória e percebemos que nessas duas semanas de trekking estávamos nos despedindo, à medida que descíamos, das maravilhosas paisagens que acostumamos a presenciar nesta linda e fascinante aventura. Passamos novamente pelas imensas pontes suspensas que ligam uma margem do rio a outra e com tanta beleza ficando para trás, chegamos finalmente ao lodge no vilarejo de Monjo, a 2800m onde dormimos na ida. No jantar, o grupo conversava descontraído, acompanhado do bom humor dos sherpas, quando fomos informados da realização do vôo panorâmico pelas montanhas de helicóptero. Dos 18 participantes do grupo, 15 deram resposta positiva e três vôos seriam realizados, sendo cada um com 5 pessoas mais o piloto. Ocorreu o sorteio da posição do assento e ordem do vôo de cada participante no helicóptero.
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terça-feira, 12 de novembro de 2013

DIMBOCHE / DEBOCHE

14º Dia :  Dimboche / Deboche (3.700m)
Como em todos os dias do trekking o dia amanheceu lindo, com um céu azul e muito límpido, e em todo o vale vislumbramos magníficas vistas do Lhotse (quarta montanha mais alta do mundo, com 8.516m) e da face norte do Ama Dablam (6.812 m) irreconhecível desse angulo, além do Thamserku e do katenga. Paramos várias vezes na trilha para fotografias, principalmente das montanhas, porém a vontade era simplesmente ficar sentado em uma pedra por muito tempo contemplando o lindo cenário que a mãe natureza nos oferecia, simplesmente surreal. Muitos carregadores e iaques cruzavam com o grupo e fazia com que a atenção fosse redobrada, pois realizamos grande parte do caminho margeando desfiladeiros e após aproximadamente 3 horas de caminhada deixamos a trilha normal e seguimos subindo uma alternativa que nos levou ao mosteiro de Pangboche, para receber as bençãos do Lama Geshe, que geralmente é realizada na subida, que nos recebeu com seu grande sorriso e carinho habitual. Todos os montanhistas que aspiram um dia chegar ao cume do Everest pelo lado nepalês, ou também outras montanhas da região passam no Monastério para receber essas bênçãos também, e conseguindo seus objetivos retornam ao lugar, geralmente munidos com fotos tiradas nos cumes com o cartão que o Lama assinou e depois colocam estas fotos no interior da sala onde as pessoas são atendidas. É interessante e curioso ficar observando as muitas fotos ali colocadas em forma de agradecimento, perguntamos ao Manoel Morgado onde estava a dele e simplesmente fomos informados que tinha esquecido. Neste mesmo monastério compramos cartões com a dedicatória assinada pelo Lama e depois assistimos ao casamento muito animado e bacana de dois amigos que realizavam o trekking conosco, Thales e Marília. Almoçamos numa espécie de anexo ao Monastério e retornamos a trilha logo percebendo a mudança na vegetação antes escassa, praticamente composta por pequenos arbustos que iam sendo substituída por vistosas coníferas de altitudes. Descemos quase 1 hora, atravessamos uma pequena ponte sobre o rio, ponte que parecia improvisada, pois logo adiante encontramos uma que parecia bem mais moderna caída sobre o leito do rio, e posteriormente passamos por um trecho com florestas e muitos muros com as famosas pedras marcadas com orações budistas, até chegarmos ao Rivendell Lodge em Deboche a 3700 metros de altitude, o maior e melhor em infra-estrutura até agora em todo trekking (água quente, vaso sanitário e quartos amplos). Muitos grupos e montanhistas solitários ficam, hospedados neste lodge. Praticamente realizamos este percurso em 7 horas contando com a parada no monastério. Antes do jantar nos reunimos como sempre na sala de encontro(refeitório) do lodge, único lugar com aquecimento para um bate-papo. Neste intervalo ficamos apreciando e fotografando o lindo pôr-do-sol no Everest, Nuptse, Lhotse e Ama Dablan, que pareciam estar incandescentes através dos raios solares que refletiam nestas montanhas, realmente indescritível.
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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

GORAK SHEP / DIMBOCHE - NEPAL

As 8 horas deixamos o lodge em direção a Dimboche, sob um frio intenso, vestidos com tudo que tínhamos direito, porém com sensações diferentes dos dias anteriores, a satisfação por ter conseguido atingir nossos objetivos e uma certa ponta de tristeza por saber que estávamos voltando de um sonho. Todavia as aventuras são como uma travessia, realizada somente com ida, ou como uma viagem com idas e voltas, e voltando ficávamos imaginando novos sonhos, ou seja uma nova aventura nessa fantástica trilha que é a vida.

Encontramos neste trecho, como na ida, muitas subidas e descidas em trepa-pedras e uma tremenda peregrinação de montanhistas de todas as partes do mundo caminhando em direção ao Campo Base do Everest, desejávamos boa sorte e comentávamos sobre suas fisionomias com um ar de cansaço, já passamos por isso e conseguimos, era impossível não sentir uma ponta de orgulho de nossa realização. Passamos pelo lodge em Lobuche que pernoitamos dias atrás, cercado por um belo cenário de montanhas nevadas como o Taboche, o Cholatse e o Ama Dablan e depois, caminhamos lado a lado com a neve em um terreno relativamente plano por um caminho não trilhado pelo grupo, pegamos uma imensa descida até o vilarejo de Tukla, com aproximadamente 3,5 horas de caminhada, onde descansamos e encontramos também muitos montanhistas, carregadores e iaques. Continuando atravessamos o rio, subimos um
trecho e novamente uma grande descida, a redução da altitude trouxe efeitos benéficos ao corpo da galera, que traduzia num melhor desempenho de todos. Posteriormente paramos no memorial dos sherpas mortos na tentativa de escalar o Everest, onde alguns escaladores também são lembrados, inclusive Scott Fischer está ali. São pequenas construções de pedra adornadas com as bandeirinhas budistas e com oração que identificam alguns dos que tombaram perseguindo seus sonhos, em suas tentativas de subir e voltar da maior montanha do planeta. Finalmente próximo a Dimboche chegamos ao alto do vale, de onde observamos um espetacular visual das montanhas, destacando o Ama Dablan, o Nuptse, o Makalu e o Yala Peak, além do vilarejo lá embaixo, onde estava localizado o lodge, a 4100 metros, com um desnível de uns 800 m abaixo de Gorak Shep, que nos hospedaria para o pernoite. Dizem ser o último ponto da cordilheira com habitação permanente, e que ali, quando subimos pela trilha tradicional para o Campo Base do Everest, toma-se a bênção de Chomulongma, a Deusa Mãe da Terra, para encarar os três dias que faltam para chegar ao campo base. Ali almoço e banho quente era tudo que a galera queria.

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domingo, 10 de novembro de 2013

GORAK SHEP/ CAMPO BASE/ GORAK SHEP - NEPAL




Acordamos cedo e a temperatura no quarto do lodge marcava 8 graus negativos, no briefing do dia anterior o Manoel Morgado, falou que a caminhada até ao Campo Base do Everest seria opcional, pois não acrescentaria nada mais do que já tínhamos presenciado antes. Com a alternativa de ficar descansando no
alojamento ou de ir até ao acampamento, o grupo ficou dividido. O que optou por explorar a área no entorno do lodge, verificou que as paisagens eram dominadas pelas tonalidades cinzas das rochas e sedimentos, pelo branco das neves que cobriam as montanhas e pelo belíssimo céu azul que complementava o cenário. Neste giro pela área a galera ficou extasiada com tanta beleza desta região. O outro grupo seguiu em direção ao Acampamento Base que funciona como uma espécie de quartel-general para as expedições que partem para acampamentos superiores. Existe outro, no lado do Tibete, com 5150 m de altitude. A caminhada até o Campo Base, via Nepal foi realizada, através de muitas subidas e descidas, sendo extremamente árdua e cansativa, com frio intenso e muito vento. No acampamento não havia barracas armadas e consequentemente nenhuma expedição partiria com destino ao cume da maior montanha do planeta. Esta
com certeza não é a época certa para esta ascensão. A caminhada de ida e volta demorou aproximadamente 5 horas. Dizem que na alta temporada, principalmente entre março e abril, carregadores e yaks frequentemente cruzam essa trilha, fazendo com que o acampamento fique lotado. Centenas de barracas e várias expedições, seguem seus programas de logística, aclimatação e condicionamento, até chegar o momento oportuno, em que as condições climáticas sejam favoráveis, para tentar chegar ao topo do mundo, o cume do Everest, a 8850 metros.

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