Deixando de perambular na trilha, perambulamos por trilho desta vez. Pegamos o trem em Puno pouco depois das 7:00h. Despachamos nossa bagagem e seguimos para o embarque, já no trem tivemos a agradável surpresa de encontrar com os nossos amigos de Uberlândia Valdir e o seu filho Felipe, que conhecemos na subida do monte Chacaltaya e que também seguiriam para Cusco. No trem conhecemos mais duas moças, Carla e Roseli, moradoras do Rio de Janeiro, que estavam fazendo um roteiro bem parecido com o nosso, a diferença é que elas iriam fazer a Trilha inca para Machu Pichu. Elas também estavam com o mesmo problema com o vôo de regresso ao Brasil. O delas, estava marcado para o dia 22 de abril e queriam antecipá-lo para o dia 21 de abril. Pelo menos ficamos sabendo que existia um vou para o Brasil dia 22 e talvez fosse a nossa opção de retorno. O trem da Peru Rail, que faz esta rota, é bastante confortável e com amplas janelas que possibilitam uma visão panorâmica. Este é considerado o trem mais “alto do mundo” que chega aos 4.400m (La Raya) de altitude. Somente turistas viajam nesses vagões. No inicio da viagem, o trem seguiu lentamente margeando o Lago Titicaca, em seguida começamos subir e passar por imensas fazendas de criação de alpacas e vicunhas. Logo o Valdir, de Uberlândia, sentou-se conosco e começamos um bate papo. Falávamos principalmente sobre a beleza da paisagem quando fomos interrompidos por uma simpática funcionária da ferrovia que nos ofereceu uma bebida tradicional da região andina, muito gostosa, de nome Pisco. O Pisco é um produto natural produzido com o suco de uva, fermentado e destilado. Agora a paisagem começa a mudar, entrávamos em terra mais altas e frias, logo começamos a ver as montanhas nevadas da cordilheira Chimboya, lugar onde nasce o rio Vilcanota, um dos principais afluentes do rio Amazonas, que alguns quilômetros mais ao norte converte-se em um caudaloso rio que banha as selvas de Machu Picchu e do Vale Sagrado. O trem fez uma parada em uma localidade chamada La Raya – limite natural entre Puno e Cusco – onde pudemos desembarcar, contemplar e fotografar a beleza da região. Retornamos ao trem e seguimos viagem. Estávamos meio sonolentos quando fomos surpreendidos com uma apresentação folclórica no nosso vagão, um típico casal peruano cantava e dançava com os passageiros, músicas andinas. Muito legal! O trem começou a descer, as montanhas geladas ficaram para trás, o trem agora cortava imensos vales que eram serpenteado pelo belíssimo Rio Huatanay. Pouco tempo depois entramos em uma cidade, o trem diminuiu a velocidade, agora, seguíamos bem devagar, até que paramos em uma estação. Era Cusco, estava terminada a mais bela viagem ferroviária que já fizemos...
Ver fotos e relatório na íntegra dessa aventura no site: http://toperambulando.com.br/
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