domingo, 3 de agosto de 2014

COSTÃO DO CORCOVADO





No dia anterior fiz o Bico do Papagaio com a turma do “Anda IBGE” e ao chegar em casa tive uma febre que a noite chegou a 39 graus. Por volta das 21:30h o meu amigo Daniel me ligou falando que estava voltando da FLIP de Paraty para irmos a caminhada ao Costão do Corcovado no dia seguinte com a galera da AZO, conforme combinamos. Putzzz, tinha até esquecido desse detalhe, acho que a febre afetou minha memória, hehehehehe. Veja a sinuca de bico que fiquei, falar que não ia, o cara ia ficar decepcionado, pois seria a primeira trilha com aquela galera e seria eu a pessoa a apresentá-lo ao grupo. Mesmo cheio de febre e fraco falei que estava tudo certo e no dia seguinte no horário combinado partimos em direção a Zona Sul do Rio. No ponto marcado, esquina da Rua Humaitá com Viúva Lacerda encontramos o restante da galera e iniciamos a trilha aos pés do Costão do Corcovado com o Cristo Redentor de braços abertos nos abençoando.
Seguimos a trilha não muito definida através de uma vegetação fechada pertencente à Floresta da Tijuca. Esta floresta que foi devastada para o plantio de cana e café, foi replantada em 1862. No início do século XIX, após longo período de devastação para uso da madeira, lavouras de cana e café, o Rio de Janeiro começou a sofrer com a falta de água potável, pois sem a proteção da vegetação as mananciais começaram a secar. Por isso, a partir de 1862, Dom Pedro II ordenou o reflorestamento do local. Foram plantadas 100 000 mudas em treze anos, principalmente especies nativas da Mata Atlântica.
Caminhamos cerca de 2:30h interagindo harmoniosamente com toda biodiversidade local, contemplando toda flora e fauna existente. Ouvimos o cantar de vários pássaros, atravessamos riachos que nesta época do ano estavam quase secos, caminhamos ao lado de um grande paredão rochoso sempre visualizando nas alturas em meio a vegetação, agora somente uma pequena parte do Cristo.
Depois de quase duas horas de uma caminhada pausada chegamos a um local onde nossos guias optaram por motivo de segurança pela utilização de cordas, pois subiríamos a encosta de um paredão. Este procedimento levou quase 30 minutos até todos chegarem ao nosso objetivo. Deste ponto obtivemos mais uma opção de ver o Rio por vários outros ângulos, tais como, uma vista impressionante do imenso penedo que forma o Morro do Corcovado, da Lagoa Rodrigo de Freitas, do Pão de Açúcar e tantos outros pontos da Cidade Maravilhosa.
Descansamos, lanchamos, tiramos muitas fotografias e depois começamos o retorno e as 14:00h já estávamos no local onde estacionamos os carros.  Em casa após um revigorante banho e um quase jantar, cama e febre novamente, porém a caminhada foi muito legal, valeu demais.

Como alerta deixo aqui minha súplica: não jogue lixo na natureza, proteja a fauna e a flora e tenha plena consciência de que toda biodiversidade, incluindo aí todas as belezas naturais desse planeta, foram entregues a nós como presente do criador, e cabe a nós, sim, fazer o possível e o impossível para poder preservá-lo.






































sábado, 2 de agosto de 2014

BICO DO PAPAGAIO / VIA SERRILHA - PNT/RJ





Dando continuidade ao Projeto “Anda IBGE só o cume interessa”, no sábado, 02 de agosto, resolvemos fazer uma caminhada até o Pico do Bico do Papagaio, no P.N. da Tijuca no Rio de Janeiro. Esta por várias vezes adiada nas semanas anteriores devido as péssimas condições climáticas. Enfim céu azul, sol brilhando, nos encontramos na tradicional pracinha do Alto. O grupo contava com as meninas Mel e Ethel, além dos amigos Vinicius, Marconi, Anderson e claro eu. Seguimos direto para o Largo do Bom Retiro, dentro do parque. De início seguimos pela tradicional trilha que nos leva ao Pico da Tijuca e alguns minutos depois deparamos com a 1ª bifurcação, dobramos à esquerda, a da direita segue para o Pico da Tijuca. Continuando, após 5 minutos encontramos outra bifurcação, onde seguimos à direita, passando por cima de um tronco caído no meio da trilha, e poucos metros adiante nova bifurcação com um enorme tronco também caído no meio da trilha, desta vez não pulamos ele para seguir em frente, pois este caminho leva a Represa dos Ciganos. Seguimos à esquerda em direção a Serrilha. Esta trilha é para muitos a mais bonita e fascinante de todo parque, pois é repleta de desafios, pois nela encontramos trilha plana, subidas íngremes, descidas bem verticais, subidas com a ajuda das raízes e troncos das árvores, trepa-pedras, além é claro de vários mirantes e da incrível passagem  pela Fenda do Inferno, que é uma estreita fenda na rocha a beira de um penhasco.

Já na Serrilha a trilha seguiu sempre morro acima com muito trepa-pedras até chegar a sua cumeeira, gastamos até este ponto 45 minutos em ritmo pausado. Depois caminhamos um bom trecho acima da cota dos 900 metros e a seguir descemos à direita, pois à esquerda seguiríamos em direção a Pedra João Antonio(908 m), em pouco tempo chegamos ao Mirante da Serrilha (956m) que nos presenteou com um bonito visual de toda Baixada de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e bem ao fundo os maciços da Pedra Branca e Mendanha. Lanchamos, tiramos muitas fotografias, e descansamos um bom tempo ali, a seguir prosseguimos nossa caminhada, para as meninas voltaríamos deste ponto mesmo, porém o lema do grupo é só o cume interessa, seguimos em frente, hehehehehehehehe. Bem ao lado do mirante, à esquerda pegamos um vale com uma forte descida no estilo trepa-pedras e depois subimos em alguns troncos e blocos de pedras para chegar ao mirante do Morro do Cavalo (945m),de onde avistamos pela primeira vez de lado o nosso destino, o Bico do Papagaio. Pegamos uma trilha entre densa vegetação até a Ponta do Urubu (983m) que fica localizada bem em frente e pertinho do Bico, e que nos proporcionou uma visão privilegiada da enigmática formação rochosa que compõe o Bico. Também batemos muitas fotos deste local e prosseguimos nosso roteiro, pois o cume agora estava  bem próximo, descemos até bem perto da base do Papagaio e depois subimos entres galhos de árvores e pedras até um ponto, onde à esquerda existe um belo mirante junto a base do Bico e à direita a emocionante Fenda do Inferno. Primeiro fomos para o mirante, um lugar agradável, plano, onde é possível tirar muitas fotos e relaxar confortavelmente. Dali vislumbramos um belo cenário das montanhas do parque, como o imponente Pico da Tijuca, Pedra do Conde e outras. Não encaramos a Chaminé da Bolha que começa justamente neste ponto. 
Posteriormente encaramos a Fenda do Inferno, uma estreita fenda na rocha a beira de um precipício, onde todos passaram abaixados até o outro lado, menos a Mel, Hehehehe. Para quem tem medo de ficar exposto a grandes alturas, pode parecer perigoso, porém a ultrapassagem é super segura e bem tranquila.
A subida para o cume pode ser feita de duas maneiras, A Ethel e eu subimos através de uma escalaminhada, onde na rocha existem alguns degraus de aço que servem de apoio, de pela forma normal e mais segura. Não subimos até a parte mais alta, a pontinha do bico, pois precisaríamos de equipamentos de escaladas. Curtimos por muito tempo o magnífico cenário desta montanha, também descansamos muito, pois estávamos totalmente “triturados”, ainda bem que voltaríamos pela trilha tradicional, kkkkk.
Completando o circuito, descemos pelo lado oposto ao que eu e a Ethel subimos, porém antes visitamos um mirante existente também na base, com um ótimo visual. Encaramos a seguir a grande descida através de vários trepa-pedras até chegarmos a bifurcação que leva ao cume do Morro da cocanha. A partir desse ponto é só seguir à esquerda e correr para o abraço, pois é só descida plana, só alegria e alívio para a galera. Em aproximadamente 45 minutos chegamos ao estacionamento do Bom Retiro, cansados, porém felizes e realizados por participar de uma das mais belas trilhas do Parque Nacional da Tijuca. Até a próxima amigos.