Saímos cedo, tomamos café em um restaurante (Em Uyuni são poucos os hotéis que oferecem “desayuno”) por Bs15,00 e seguimos para a Colque Tour para acertarmos os detalhes da viagem. A saída estava marcada para as 10:30h, alugamos sacos de dormir por causa do frio por U$6,00 cada, seguimos para o setor de imigração, que fica ao lado do nosso hotel, para carimbar os passaportes com a saída da Bolívia com data de três dias à frente, pagamos uma “taxa” de bs15,00 por pessoa. Esse valor é completamente ilegal, mas se você não pagar não recebe o carimbo. Fazer o que! Afinal estamos na Bolívia.
Passaportes devidamente carimbados, compramos duas garrafas de água mineral de 2 litros para cada um. Bom quanto à água devo dizer que lemos em vários sites e blogs que deveríamos levar muita água, porque nos lugares de paradas não havia água ou era muito cara. Não foi isso que vi, encontramos água em vários lugares para vender e o preço, a meu ver, compensava. Compramos a garrafa de 2 litros em Uyuni por Bs6,00 em nos refúgios a Bs8,00. A diferença era quase nada se transformada em real. Só R$0,50. Portanto é um caso a pensar se vale à pena levar muita água.
Na hora marcada estávamos na operadora. Lá ficamos conhecendo nossos dois companheiros de viagem: Eduardo e Juliana, dois jovens, cariocas como nós. Achamos muito legal. Tínhamos uma equipe genuinamente brasileira, com exceção é claro do nosso motorista e doublé de cozinheiro Ramiro. Com as mochilas no bagageiro, partimos num Toyota 4×4 prata ano 1993. A primeira parada foi em um cemitério de trem. Não achei a menor graça em ver trens velhos e enferrujados, mas enfim, fazia parte do roteiro. Seguimos para Colchani, um povoado que vive da extração de sal para consumo, construção e artesanato. Lá se encontram diversos tipos de bugigangas feitas com sal. Há também um hotel que foi transformado em museu onde tudo é de sal, dos móveis às paredes. Enfim entramos no Salar. A próxima parada foi em um Hotel todo construído com sal. Cadeiras, mesas, camas, tudo feito com sal, não existe hospedes é só para turista ver.
Seguimos para a próxima parada, uma hora rodando pelo sal e chegamos a Islã del Pescado. Realmente parece uma ilha. Uma grande porção de terra e pedras vulcânicas lotada de cactos enorme e cercadas pelo branco do Salar. Paramos na “praia” onde havia várias mesas de cimentos onde seria servido o nosso almoço. Enquanto o Ramiro preparava o almoço, eu, Thiago, Eduardo e Juliana resolvemos conhecer-la. Pagamos Bs15,00 por pessoas para fazer um circuito pela ilha. O que achei de mais legal foi a vista de todo o Salar do alto da ilha. Almoçamos, tiramos várias fotos e seguimos para o nosso primeiro refúgio: Uma construção bem feita, ao pé de uma pequena montanha com vista para o Salar, numa localidade chamada Chuvica. Tinha vários quartos, todos com seis camas e um banheiro, cuja água do chuveiro era aquecida com gás. Tinha também um grande refeitório com mesas para seis pessoas onde fizemos as refeições. A luz vinha de um gerador que era ligado as 19:00h e desligado as 22:00h.
As camas eram confortáveis e tinha três cobertores e um lençol para cobrir. Retiramos as mochilas do carro e levamos para o quarto, estava anoitecendo e também esfriando muito, resolvemos começar logo a tomar banho, afinal tinham seis pessoas na fila. Só então descobrimos que a água do chuveiro estava fria. Perguntamos ao responsável pelo refúgio e ele disse que a água era aquecida com gás, e só havia dois botijões que estavam nos primeiros quartos, portanto ia demorar um pouco até chegar a nossa vez. Deu 19:00h, a luz acendeu, colocamos as baterias das câmeras para carregar e o gás nada. Perguntamos novamente e o cara voltou a pedir que esperássemos. Acho que o problema eram os gringos do primeiro e segundo quartos, os caras são ruins de banho e estavam segurando o gás. Deu 20:00h veio o jantar. A comida tava boa, frango, arroz, batatas e salada. Não sobrou nada. Foi então que nos informaram que o gás estava no nosso banheiro, finalmente podíamos tomar banho. Depois ficamos no quarto jogando conversa fora, não vi nem quanto apagaram a luz, dormi direto e muito bem, a saída no dia seguinte estava marcada para as 8:30h.
Ver fotos e relatório na íntegra dessa aventura no site: http://toperambulando.com.br/
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