Depois de uma noite muito fria e mal dormida, acordamos muito cedo, às 04:30h da manhã, e saímos as 05:00h para o último dia de aventura na Bolívia. Com um céu maravilhoso e super límpido, onde a beleza e solidão da lua parecia nos alertar para o que viria pela frente durante o dia. Continuamos a viagem pelo altiplano boliviano, seguimos para os Geysers e banhos termais de Sol da manhã. Ninguém do nosso grupo se atreveu a entrar na água, pois fazia muito frio fora dela.
Depois zarpamos em direção ao Salar de Chalviri, a 4800 metros, outro cenário de grande beleza que combina o branco da neve e o ocre do deserto, onde alcançamos o ponto mais alto do percurso, uma passagem a 5.000 metros. E sob sol escaldante, atravessamos uma linda planície com montanhas de várias tonalidades (azul, amarelo, ocre, mostarda, verde, etc), muitas com seus cumes nevados, fazendo contraste com um céu extremamente azul, sem nenhuma nuvem e uma lua quase cheia sempre nos acompanhando.
Continuando a aventura agora pelo deserto de Siloli, percorremos extensas superfícies desérticas de areia e pedregulhos sem rotas muito definidas e nos deparamos com estranhas formações rochosas sensualmente delineadas por milhões de anos de ventos persistentes e logo chegamos à Laguna Verde, localizada bem na base do Vulcão Lincáncabur.
A Laguna Verde, situada a 4400 metros de altitude é muito peculiar pela troca de sua cor, pois pela manhã quando muda a direção do vento, percebe-se uma alteração no tom de suas águas para um verde mais intenso, isto se deve a presença de magnésio, arsênico e carbonato de cálcio em suas águas. O Vulcão Lincáncabur, que fica na divisa da Bolívia com o Chile, ocasiona uma eterna “briga” para saber a que país ele pertence. Este vulcão com mais de 5800 metros, apesar de inativo, mostra toda sua magnitude, quando reflete na laguna sua beleza. Depois de várias fotos, seguimos para Laguna Blanca, logo ao lado, onde finalmente tomamos o café da manhã.
Após o desayuno, saímos em direção à fronteira com o Chile, passando primeiro no Posto Militar de Chiguana onde apresentamos o ticket de entrada da Reserva Nacional da Fauna Andina Eduardo Avaroa, logo a seguir a imigração boliviana, onde nos despedimos da Bolívia, do nosso motorista Ramiro e do casal (Edu e Jú) que nos acompanhou nesta aventura no altiplano boliviano. Pegamos um micro-ônibus e, já em território chileno atingimos uma excelente estrada asfaltada, com forte descida que baixa de 4500 a 2500 metros de altitude em apenas 30 km, até chegar ao controle de imigração e controle aduaneiro e sanitário de São Pedro do Atacama, em pleno deserto, onde após os tramites legais o motorista nos deixou no hotel, por volta das 13:30 horas.
Ver fotos e relatório na íntegra dessa aventura no site: http://toperambulando.com.br/
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