
Com o sol nascendo, nos despedimos da casa da Dona Lé e olhando para o morro do Castelo bem a nossa frente, a impressão é de que o topo dele é inatingível. Seguimos uma trilha de aproximadamente 1 Km até chegar ao leito do Rio Pati, que atravessamos pulando sobre as pedras. Ali começava efetivamente o início da trilha. O desafio agora era chegar ao cume do imponente Morro do Castelo, a 1280 metros de altitude, um dos cartões postais da Chapada Diamantina.

A cada passo era possível comprovar o que os guias costumam alertar, a subida do Castelo é o que há de mais difícil no Vale do Pati. Da parte de baixo até o ponto mais alto são três quilômetros. O caminho é tão inclinado que é preciso tomar muito cuidado, em alguns trechos praticamos escalaminhada. Na subida observamos uma grande variedade de plantas da região, pois a Chapada é privilegiada na oferta de água, e o clima de montanha alimenta mais essa exuberante flora. Encontramos no percurso uma raridade, uma imensa árvore remanescente da floresta primitiva que havia no local, chamada canjerana, muito usada na construção de casas. Ainda fomos acompanhados pelas arapongas, que com seu cantar estridente parecia advertir a toda fauna do local a invasão de seu habitat por estranhos.
Após subir muito, chegamos a um imenso portal, que é a entrada da caverna do Castelo. É uma das raras cavernas que a natureza esculpiu nas alturas. Logo na entrada da gruta existe uma nascente onde você poderá abastecer os cantis com água de boa qualidade. Munidos de lanternas atravessamos seu imenso salão, com 800 metros de comprimento, com todo cuidado para não sofrer nenhum acidente, pois há muitas pedras soltas no caminho. Chegamos ao final da caverna onde encontramos também uma infinidade de pedras espalhadas e descemos uma pequena trilha até chegar a um espetacular mirante, cercado por magníficas muralhas de pedra erguidas pelo tempo, com uma vista além da imaginação do Vale do Pati.
Subimos um pouco mais e encontramos outro belo mirante, também com linda vista do Vale do Pati e do Vale do Calixto, com o belo Morro Branco bem a nossa frente. Galera não há cansaço que atrapalhe a sensação gostosa de estar naquele lugar mágico. Vale a pena todo o esforço para chegar ali, não existe palavras para descrever o que sentimos. Só a certeza de ver o quanto somos pequenos diante de tanta grandeza, e de tanta beleza.
Curtimos muito aquele lugar e retornamos por outra entrada da
gruta até pegar a trilha normal, chegando no rio Pati tomamos aquele gostoso
banho e logo seguimos em direção a casa do Sr. Jailson, onde chegamos no final
da tarde e a galera degustou por incrível que pareça uma cerveja bem gelada,
hehehehe.
A famosa prefeitura se encontra bem ao lado da casa do Sr.
Jailson, foi um antigo entreposto de mercadorias e produtos produzidos no Vale
do Pati que os tropeiros utilizavam como pouso e para conferir acertos de
contas antes de seguir em viagem para Andaraí, grande centro urbano da época.
Atualmente, a Prefeitura serve também como hospedagem dos aventureiros que
visitam o Vale do Pati. Lá é fácil encontrar outros caminhantes que
compartilham da mesma experiência. À noite, sempre rola um papo interessante e
animado sobre as últimas novidades e aventuras na Chapada Diamantina.
Saboreamos um delicioso jantar com farta comida caseira,
curtimos muito a Maiara, única criança do Vale, filha do Sr. Jailson e Dona
Maria. Eles podem se considerar privilegiados, pois moram bem em frente ao
monumento mais majestoso do Vale, o Morro do Castelo. Deste lugar a gente sabe
porque chamam aquele morro de Castelo.
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Eu na Entrada da Gruta do castelo, ao fundo Morro Branco |
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Entrada da Gruta |
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Eu e o Fernando na saída da gruta |
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Eu no 1º mirante |
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Herbert na saída da gruta |
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Simone no 1º mirante |
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Fabiano no 1º mirante
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Galera no 1º mirante
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Herbert no 1º mirante |
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Visual do 2º mirante |
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Visual do 2º mirante |
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Fernando no 2º mirante |
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Eu no 2º mirante |
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Herbert no 2º mirante
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