sábado, 21 de setembro de 2013

TRAVESSIA ALTO DA BOA VISTA X GRAJAÚ - RJ


Iniciamos esta linda travessia de aproximadamente 12 km de extensão, considerada como semi-pesada,  que corta o Parque Nacional da Tijuca de sul a norte, na Praça Afonso Viseu no Alto da Boa Vista, passando pelo portão principal logo chegamos a Cascatinha Taunay, a cachoeira mais bonita do parque. Continuamos a subida pela Estrada do Imperador até o Centro de visitantes e neste ponto optamos ir pela trilha da Caveira e não pela Estrada Excelsior até alcançarmos o Largo da Caveira depois de quase 2km, onde encontramos novamente a Estrada Excelsior. Seguimos uma placa que indicava a trilha para a Serrilha da Caveira, onde logo no início encontramos as ruínas de um antigo posto florestal, continuando por quase 1 km de subida protegidos do astro-rei por uma vegetação abundante de mata Atlântica chegamos ao ponto culminante dessa travessia, o Alto da Serrilha, com 788 metros. Neste local existe um tronco de árvore que serve de banco para descansar e lanchar, e foi o que realizamos. Ali também é o lugar da trilha da Caveira onde optamos para onde queremos ir, a esquerda segue para o Tijuca-Mirim, a direita para o pico do Andaraí Maior e a frente para o Morro do Elefante nosso destino. Após um merecido descanso pegamos um grande aclive em direção ao Morro do Elefante em uma trilha sem indicação e marcação, por ser um caminho pouco utilizado dentro do parque. Passamos também perto de uma das áreas mais preservadas do parque, o Vale do Elefante, onde fica o local mais impenetrável do parque, conhecido como Floresta dos espinhos devido a enorme quantidade e variedade de plantas espinhentas que nasceram juntas neste local. Caminhamos certo trecho sob um grande bambuzal, com cuidado para não se machucar, porque algumas espécies possuem grandes espinhos e depois a trilha segue envolta de grandes arvores e mais adiante novamente bambus até a última bifurcação, onde a esquerda nos leva ao Alto dos Ciganos e a direita ao Morro do Elefante. Ainda descendo em direção ao Morro do Elefante deparamos com um desvio na trilha, não siga a da esquerda que segue subindo a encosta do morro que é muito fechada. Pegamos a da direita e subindo um pouco ainda sob grandes arvores, percebemos que a medida que subimos a vegetação também vai diminuindo de porte até a chegada do cume do Morro do Elefante com seus 723 metros de altitude, onde existe um mirante de onde obtemos uma vista deslumbrante e exclusiva de toda Zona Norte do Rio e do Maciço da Pedra Branca, onde paramos para um breve descanso e fotografias. Seguimos descendo a trilha não muito visualizada existente no lado direito em direção ao Bairro do Grajaú através de uma vegetação de pequeno porte até chegarmos a uma área totalmente descampada, provavelmente provocada por queimadas. Caminhamos pelo “dorso do Elefante ou crista do Morro do Elefante” podemos observar do lado direito o inusitado Morro do Andaraí Maior em primeiro plano mostrando todo seu belo perfil e também um pouco mais atrás o Tijuca-Mirim e o Imponente Pico da Tijuca. Do outro lado toda Zona Norte com destaque para o Estádio do Engenhão e na linha do horizonte visualizamos toda silhueta da cordilheira da Serra Dos Órgãos, com destaque para o Dedos de Deus. Descendo um pouco mais chegamos a outro mirante direcionado para o Grajaú, que na opinião de todos participantes é de onde se obtêm a melhor visão de toda travessia, pois além de poder ver tudo que foi visto ainda temos o privilégio de ver paisagens deslumbrantes como todo Bairro do Grajaú, tendo como pano de fundo a incrível pirâmide de granito do Pico Perdido do Andaraí, com seus 442 metros de altitude, além de toda zona Central da Cidade, com o Maracanã e Baia da Guanabara com a Ponte Rio-Niterói. Continuamos a descida agora ao lado de uma cerca de arame farpado na encosta do Morro do Elefante, um declive muito acentuado sobre um terreno muito erodido e escorregadio, onde todo cuidado é pouco. Achamos a parte mais chata de toda travessia. Seguimos passando por algumas grandes torres de transmissão e depois paramos no local onde a trilha se divide entre a subida para o Perdido do Andaraí, via Parque Estadual do Grajaú, onde existe um portão tipo mata-burro na cerca de arame farpado que divide a área que está sendo reflorestada do parque. Optamos por não subir o pico e seguimos em frente, uma trilha bem protegida por vegetação de Mata Atlântica que segue margeando o Rio Perdido, que forma algumas cachoeiras durante esse percurso, bastante freqüentadas pelo pessoal da vizinhança, onde em uma delas conhecida como Mãe-d’água, a galera se refrescou num delicioso banho gelado para repor as energias. De novo na trilha passamos por algumas formações rochosas bem interessantes, por gigantescas raízes de árvores e pelas ruínas da antiga fazenda cafeeira de nome Vila Rica do século XIX até chegarmos ao portão de sua entrada situado no final da rua Marianópolis, onde terminamos a travessia com mais de 05:00h de caminhada.
Infelizmente o final da trilha não está em bom estado de conservação e não existe nenhuma sinalização, tendo em vista que o local é freqüentemente utilizado para despejo de lixos domésticos e depósito de oferendas religiosas, ocasionando uma contínua depredação do local e ameaçando também as ruínas da antiga fazenda.

Dicas
Como chegar: Como se trata de uma travessia o ideal é ir de ônibus para o a Praça Afonso Viseu no Alto da Boa Vista. As melhores opções são linhas 301 e 302 que respectivamente saem do Rodoviária Novo Rio para a Barra da Tijuca e vice-versa.

Como voltar: Descer toda rua Marianópolis e depois a rua Borda do Mato até a Barão do Bom Retiro para quem quiser ir no sentido de Jacarepaguá ou Meier ou pegar a Rua Uberaba e caminhar até a Pracinha do Grajaú para pegar condução no sentido da Tijuca, Centro e Zona Sul.



























































Um comentário:

  1. Cara andei por estás bandas em 84, quando morei no Alto da Boa Vista.
    Quantas saudade..

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