No dia anterior fiz o Bico do Papagaio com a turma do “Anda IBGE” e ao chegar em casa tive uma febre que a noite chegou a 39 graus. Por volta das 21:30h o meu amigo Daniel me ligou falando que estava voltando da FLIP de Paraty para irmos a caminhada ao Costão do Corcovado no dia seguinte com a galera da AZO, conforme combinamos. Putzzz, tinha até esquecido desse detalhe, acho que a febre afetou minha memória, hehehehehe. Veja a sinuca de bico que fiquei, falar que não ia, o cara ia ficar decepcionado, pois seria a primeira trilha com aquela galera e seria eu a pessoa a apresentá-lo ao grupo. Mesmo cheio de febre e fraco falei que estava tudo certo e no dia seguinte no horário combinado partimos em direção a Zona Sul do Rio. No ponto marcado, esquina da Rua Humaitá com Viúva Lacerda encontramos o restante da galera e iniciamos a trilha aos pés do Costão do Corcovado com o Cristo Redentor de braços abertos nos abençoando.
Seguimos a trilha não
muito definida através de uma vegetação fechada pertencente à Floresta da
Tijuca. Esta floresta que foi devastada para o plantio de cana e café, foi
replantada em 1862. No início do século XIX, após longo período de devastação
para uso da madeira, lavouras de cana e café, o Rio de Janeiro começou a sofrer
com a falta de água potável, pois sem a proteção da vegetação as mananciais
começaram a secar. Por isso, a partir de 1862, Dom Pedro II ordenou o reflorestamento do local. Foram plantadas 100 000 mudas em treze
anos, principalmente especies nativas da Mata Atlântica.
Caminhamos cerca de
2:30h interagindo harmoniosamente com toda biodiversidade local, contemplando
toda flora e fauna existente. Ouvimos o cantar de vários pássaros, atravessamos
riachos que nesta época do ano estavam quase secos, caminhamos ao lado de um
grande paredão rochoso sempre visualizando nas alturas em meio a vegetação,
agora somente uma pequena parte do Cristo.
Depois de quase duas
horas de uma caminhada pausada chegamos a um local onde nossos guias optaram
por motivo de segurança pela utilização de cordas, pois subiríamos a encosta de
um paredão. Este procedimento levou quase 30 minutos até todos chegarem ao
nosso objetivo. Deste ponto obtivemos mais uma opção de ver
o Rio por vários outros ângulos, tais como, uma
vista impressionante do imenso penedo que forma o Morro do Corcovado, da Lagoa
Rodrigo de Freitas, do Pão de Açúcar e tantos outros pontos da Cidade
Maravilhosa.
Descansamos, lanchamos, tiramos muitas fotografias
e depois começamos o retorno e as 14:00h já estávamos no local onde
estacionamos os carros. Em casa após um
revigorante banho e um quase jantar, cama e febre novamente, porém a caminhada
foi muito legal, valeu demais.
Como alerta
deixo aqui minha súplica: não jogue lixo na natureza, proteja
a fauna e a flora e tenha plena consciência de que toda biodiversidade,
incluindo aí todas as belezas naturais desse planeta, foram entregues a nós
como presente do criador, e cabe a nós, sim, fazer o possível e o impossível
para poder preservá-lo.
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