segunda-feira, 11 de novembro de 2013

GORAK SHEP / DIMBOCHE - NEPAL

As 8 horas deixamos o lodge em direção a Dimboche, sob um frio intenso, vestidos com tudo que tínhamos direito, porém com sensações diferentes dos dias anteriores, a satisfação por ter conseguido atingir nossos objetivos e uma certa ponta de tristeza por saber que estávamos voltando de um sonho. Todavia as aventuras são como uma travessia, realizada somente com ida, ou como uma viagem com idas e voltas, e voltando ficávamos imaginando novos sonhos, ou seja uma nova aventura nessa fantástica trilha que é a vida.

Encontramos neste trecho, como na ida, muitas subidas e descidas em trepa-pedras e uma tremenda peregrinação de montanhistas de todas as partes do mundo caminhando em direção ao Campo Base do Everest, desejávamos boa sorte e comentávamos sobre suas fisionomias com um ar de cansaço, já passamos por isso e conseguimos, era impossível não sentir uma ponta de orgulho de nossa realização. Passamos pelo lodge em Lobuche que pernoitamos dias atrás, cercado por um belo cenário de montanhas nevadas como o Taboche, o Cholatse e o Ama Dablan e depois, caminhamos lado a lado com a neve em um terreno relativamente plano por um caminho não trilhado pelo grupo, pegamos uma imensa descida até o vilarejo de Tukla, com aproximadamente 3,5 horas de caminhada, onde descansamos e encontramos também muitos montanhistas, carregadores e iaques. Continuando atravessamos o rio, subimos um
trecho e novamente uma grande descida, a redução da altitude trouxe efeitos benéficos ao corpo da galera, que traduzia num melhor desempenho de todos. Posteriormente paramos no memorial dos sherpas mortos na tentativa de escalar o Everest, onde alguns escaladores também são lembrados, inclusive Scott Fischer está ali. São pequenas construções de pedra adornadas com as bandeirinhas budistas e com oração que identificam alguns dos que tombaram perseguindo seus sonhos, em suas tentativas de subir e voltar da maior montanha do planeta. Finalmente próximo a Dimboche chegamos ao alto do vale, de onde observamos um espetacular visual das montanhas, destacando o Ama Dablan, o Nuptse, o Makalu e o Yala Peak, além do vilarejo lá embaixo, onde estava localizado o lodge, a 4100 metros, com um desnível de uns 800 m abaixo de Gorak Shep, que nos hospedaria para o pernoite. Dizem ser o último ponto da cordilheira com habitação permanente, e que ali, quando subimos pela trilha tradicional para o Campo Base do Everest, toma-se a bênção de Chomulongma, a Deusa Mãe da Terra, para encarar os três dias que faltam para chegar ao campo base. Ali almoço e banho quente era tudo que a galera queria.

Ver mais fotos, dicas e relatório na íntegra dessa expedição no site:http://toperambulando.com.br/


  










































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